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Há 20 anos, Lucas Johannes Aernourds começou a plantar soja e milho em Indianópolis, Minas Gerais. Hoje, cultiva em seus 2,35 mil hectares no Triângulo Mineiro nove culturas diferentes. Além da soja e do milho, planta também feijão, trigo, algodão, café, cebola, cenoura e alho. Diversificando a produção, garante renda ao longo do ano. "O clima aqui geralmente é bom. Dificilmente falha uma safra. Mas optei pela diversificação para não ficar dependente de apenas uma ou duas culturas", explica. Mesmo assim, nas grandes lavouras, escalona o plantio para diminuir o risco climático.

Também para não ficar refém do clima, o produtor irriga quase 40% da sua área, o equivalente a 900 hectares. "Começei a irrigar para produzir sementes de milho, em 770 hectares, mas hoje uso também para o cultivo de hortaliças", relata. Com a irrigação, Aernourds consegue produzir cenoura durante todo o ano e tem nove meses de produção de cebola garantida. No total, essas duas culturas ocupam 225 hectares.

Neste ano, ele iniciou também o cultivo de alho. "Uma área pequena, de apenas 15 hectares, só para testar", explica. A opção pelas hortaliças, diz o produtor, foi acertada. "O mercado é uma loteria, oscila muito. Mas geralmente compensa. Economicamente, plantar um hectare de cebola, por exemplo, equivale a 15 hectares de soja", calcula.

Este ano, os grãos convencionais também estão com preços remuneradores, avalia Aernourds. "O milho, em torno de R$ 20 a saca aqui na região, poderia estar melhor, mas já dá para pagar as contas", diz. Já a soja, a R$ 40 (saca), e o trigo, a R$ 620 (tonelada), garantem boa rentabilidade, segundo o produtor. "Ruim mesmo, só o algodão. Este é meu segundo ano na cultura e na próxima safra acho que não planto mais."

Terceirização

Ele terceiriza a colheita de algodão, a mesma tática adotada pelo produtor em seus 350 hectares de soja, mil hectares de milho, 500 hectares de trigo, 500 hectares de feijão e 109 hectares de café. "Terceirizo tudo o que puder e compro só o necesssário. Assim otimizo o uso do maquinário, com mais horas/máquina, e melhoro a rentabilidade da safra."

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