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Sem medo de errar, o Show Rural pode ser considerado a maior vitrine tecnológica da agricultura brasileira. O que há de mais moderno em máquinas e equipamentos, pesquisa, novos produtos e tendências do setor está em pauta nesta semana em Cascavel. Mais do que isso, na feira é possível obter informações sobre perspectivas de clima, mercado e cotações. Também estão disponíveis a quem possa interessar dezenas de cursos, palestras e seminários. Um deles, inclusive, numa parceria entre o Núcleo de Agronegócio da Rede Paranaense de Comunicação e a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).

Tudo muito bonito, eficiente e necessário. Mas por trás de todo esse espetáculo, se esconde uma das principais deficiências e desafios do setor: a transferência de tecnologia. Como fazer com que todo o avanço, verificado num ritmo cada vez mais intenso, chegue ao campo? Como transformar as soluções quase milagrosas apresentadas nas feiras e exposições em benefício prático e efetivo do lado de dentro da porteira? Muito se tem feito, mas também há muito por fazer. A assistência técnica, as cooperativas e a extensão rural não medem esforços – embora às vezes faltem recursos. Têm procurado fazer a sua parte.

Mas como saber se o campo está absorvendo, de que maneira e em que ritmo? Num primeiro momento, parece que qualquer resposta viria carregada de subjetividade, a julgar a capilaridade do universo em questão, como estrutura fundiária, escolaridade e disponibilidade de recursos financeiros. Contudo, o melhor e também o mais simples indicador está na produtividade. O dinamismo imposto pelo agronegócio moderno, competitivo e globalizado, não admite mais amadorismo no campo. A busca agora é pela eficiência, do produzir mais com menos. Menos área e mais produção, com sustentabilidade econômica e ambiental.

O caminho é por aí. Isso é consenso. Fazer isso acontecer que é o grande segredo. É da interface entre quem gera e quem usa as novas tecnologias que depende o futuro do agronegócio e para onde devem se voltar eventos como o Show Rural Coopavel, na prestação de serviço ao produtor rural.

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