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A equipe de técnicos e jornalistas da Gazeta do Povo e das entidades parceiras concluíram a segunda etapa do projeto Rumos da Safra, um trabalho de acompanhamento da produção de grãos no Paraná. O resultado você confere a partir de hoje, numa série de reportagens que será publicada em três edições do Caminhos do Campo. A sondagem traz o retrato de um setor em recuperação, que depois de uma crise sem precedentes retoma o curso do crescimento.

Durante a sondagem, muito mais do que números, conquistas e problemas que afetam o setor, o Rumos da Safra detectou que o agronegócio vive um dilema entre o momento de euforia e o que realmente acontece no campo. O produtor não sabe se comemora ou se apenas respira aliviado. Enquanto alguns trocam a caminhonete, quem faz conta percebe que a situação não é tão favorável assim e que para colocar a casa em ordem é preciso muita cautela e planejamento, a começar pela administração do passivo, antes de contrair outros compromissos financeiros.

O levantamento da Gazeta não deixa dúvidas quanto à boa fase da produção. Mas é preciso esclarecer que ainda assim estamos longe de uma super-safra, interpretação provocada pela euforia de alguns setores da cadeia produtiva – leia-se órgãos oficiais e até produtores. A previsão de safra cheia é indiscutível. O importante, no entanto, é salientar que não existe nada de extraordinário nesse resultado, a não ser o fato de o campo recuperar seu potencial produtivo depois de um período de frustrações, de clima e de preço.

Ainda assim, não dá para negar que o agronegócio vive uma retomada. Porém, o passivo acumulado nos anos de crise mostra que essa não será uma tarefa muito fácil. Com raras exceções, o resultado da atual safra será positivo, mas ainda insuficiente para recompor a capacidade de pagamento do produtor rural.

Na avaliação de dirigentes e dos próprios produtores, o momento é de recuperação, mas a luz vermelha continua acesa, o que significa que, para garantir um crescimento sustentável, o setor terá que avançar aos poucos, com segurança e os pés no chão.

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