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O fantasma da aftosa voltou a assombrar a América do Sul a partir do foco confirmado semana passada no Paraguai, que se obrigou a sacrificar 800 animais. Mais do que o aumento da vigilância nas divisas e fronteiras, o problema pede mais planejamento para um controle efetivo e regional da doença.

O Paraná reforçou suas barreiras e se deu conta de que poderia estar em situação mais segura se tivesse colocado em prática o plano que amplia a vigilância nos 33 postos fiscais existentes em suas divisas e fronteiras. O projeto se arrasta há mais de um ano pela falta de pessoal.

O governo do estado considera que, hoje, o rebanho está mais seguro do que em 2005, quando houve notificação de aftosa em Mato Grosso do Sul e no próprio Paraná. Os agentes que atuam na fiscalização estariam mais conscientes do risco de proliferação do vírus da doença. Um número maior de municípios conta com conselhos locais de sanidade agropecuária.

Por outro lado, há indícios de que o Paraguai demorou para alertar a região. Se o vírus pode ficar encubado duas semanas e se os animais estavam doentes há cerca de um mês, o perigo ronda a pecuária do Cone Sul há mais de 40 dias.

O boi vacinado pode não contrair aftosa, mas o vírus tem a capacidade de permanecer em seu aparelho respiratório por até um ano. E se algum animal não vacinado estiver entre os animais expostos a esse risco, todo o esforço sanitário deflagrado nos últimos cinco anos terá sido em vão.

Para que o rebanho da América do Sul fique livre da aftosa, é primordial reforçar as barreiras sanitárias. Mas enquanto o controle não for efetivo e surgirem focos como a assumido pelo Paraguai, todas as unidades pecuárias continuarão em risco – sanitário ou de desvalorização da carne. O Paraná, que sonha em se tornar área livre sem vacinação, é quem mais depende desse controle coletivo.

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