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Os produtores paranaenses já colheram entre 1% e 1,5% da primeira safra de milho e da safra de soja, estimadas em 6 e 10 milhões de toneladas, respectivamente. A seca afetou milho e feijão, plantados no mês de setembro/2008, reduzindo a expectativa de produção em 31% e em 40%, respectivamente.

Na soja, a seca afetou cultivares precoces plantadas antes do período recomendado. Os produtores se anteciparam para poderem plantar a segunda safra de milho durante fevereiro. Apostaram e perderam. Quem plantou as cultivares de ciclo médio, as mais recomendadas, e na época correta, vai colher safra cheia. A continuidade do La Niña indica chuvas normais neste mês e seca de março e abril. Deve-se diversificar a época de plantio da segunda safra de milho, até 10 de março, e optar pelo trigo, mais resistente à seca.

Milho – Os produtores comercializaram 100% da safra normal e 75% da segunda safra 2007/08, a preços médios decrescentes de julho a dezembro e crescentes neste ano, devido ao efeito da seca sobre a produção brasileira e argentina e à expectativa de aumento da exportação brasileira de 6,4 em 2008 para 8,0 milhões de toneladas em 2009. Neste mês, os preços aumentaram de R$ 16,7 para 18,8 a saca, ficando acima do mínimo de R$ 16,5. O clima na Argentina e o comportamento dos americanos, que devem aumentar a área de soja e reduzir a do milho, vão influenciar os preços, que tendem a permanecer acima do mínimo.

Continua a elevada volatilidade das cotações internacionais do grão. Na CBOT, em janeiro, oscilaram entre US$ 3,6 a 4,4/bushel, para março a maio/09. Atualmente, vão de R$ 23,0 a 24,5 a saca (US$ 10,2 a 10,3) no transferido em Paranaguá. Na BM&F, as cotações oscilam entre R$ 22,7 e 23,8 a saca para janeiro a maio/09.

Soja – Os produtores comercializaram 99% da produção 2007/08, a preços médios de R$ 39,5 a R$ 41,3 durante os meses de agosto a dezembro/08 e entre R$ 43,5 a 48,5 a saca neste mês. A comercialização antecipada da safra 2008/09 foi menor do que nos anos anteriores, ficando entre 15% a 20%. A redução das safras brasileira e argentina, o lento retorno dos fundos às aplicações em commodities e a especulação sobre a futura safra americana estão provocando intensa oscilação das cotações na CBOT, com recuperação dos preços neste mês de janeiro, variando entre U$ 9,7 a 10,4/bu. Atualmente, oscilam entre US$ 9,7 a 9,9 para março a maio/09, que corresponde a R$ 50,0 a 52,0 CIF Paranaguá.

Alerta: se chover na Argentina e ocorrer especulação sobre aumento maior da área plantada nos EUA, é possível uma baixa nas cotações. A expectativa é de chuva, nesta semana, entre 5 e 40 milímetros na província de Buenos Aires e de 10 a 15 mm nas de Córdoba e Santa Fé. Nas próximas, deve continuar o déficit hídrico crônico.

Trigo – Os produtores já comercializaram 60% da safra 2008, a preços abaixo do mínimo de agosto a dezembro de 2008, apesar das intervenções do governo no mercado.

No entanto, com a quebra da safra argentina de 16,3 para 8,3 milhões de toneladas, os preços aumentaram de R$ 25,9 para R$ 28,4 a saca em janeiro por aqui, com tendência de alta. No mercado de lotes, o preço aumentou chega a R$ 570 a tonelada. O custo do produto argentino posto São Paulo é de US$ 270/t e o do norte-americano é chega a US$ 335/t.

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