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A cerealista Baldissera – importadora com instalações em Prudentópolis, a 200 quilômetros de Curitiba – acaba de voltar da China com a notícia de que o país asiático está encerrando as exportações de feijão. “Os chineses não têm mais feijão. O preço subiu de US$ 900 para US$ 1,13 mil por tonelada [Paranaguá] e o estoque acabou. Eles só vão poder exportar mais a partir de setembro”, relata o empresário Luiz Baldissera.

Sua meta era importar 500 contêineres do país asiático neste ano. Agora, diante da escassez internacional, trabalha com previsão de 400, contando com o volume previamente contratado, que deve chegar nas próximas semanas.

Na vizinhança do Brasil, o feijão também está escasso, relata Baldissera. A Argentina enfrentou os mesmos problemas climáticos que reduziram a safra das águas brasileira e que afetam o ciclo da seca (inverno) por aqui, aponta. “A saca custa R$ 170 na fronteira e ainda não compensa trazer”, detalha. Sua equipe de compra parte para a Bolívia, mas a disponibilidade limitada no país sul-americano fortalece a previsão de alta nos preços brasileiros.

“Estamos prevendo R$ 180 por saca para os próximos meses [R$ 20 a mais do que se paga atualmente].” O valor deve ser reajustado até viabilizar as compras na Argentina. O risco de falta de feijão nos supermercados é considerado baixo. “Acaba o dinheiro do povo e não acaba o feijão”, diz Baldissera.

30 gramas de feijão por pessoa são preparadas nos restaurantes. Isso significa que um quilo do alimento, encontrado por até R$ 8, rende 33 porções. Ou seja, a quantidade de feijão normalmente adicionada ao um prato de comida ainda custa pouco: 24 centavos.

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