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“É possível montar o irrigador com objetos que seriam jogados no lixo, como garrafas e recipientes de plástico, metal ou vidro”, afirma o pesquisador Washington Melo. | Luiza Stalder/Divulgação Embrapa
“É possível montar o irrigador com objetos que seriam jogados no lixo, como garrafas e recipientes de plástico, metal ou vidro”, afirma o pesquisador Washington Melo.| Foto: Luiza Stalder/Divulgação Embrapa

Você se dispõe a ter uma horta no quintal. Já pensou: temperos e até verduras fresquinhas todo dia? Mas aí lembra que quase não para em casa, mal tem tempo de cuidar das plantas e acaba deixando a ideia para lá. Mas quem disse que precisa ser assim?

Um pesquisador da Embrapa criou um irrigador solar automático usando garrafas pet, que, muitas vezes, acabariam parando na lixeira. À primeira vista, o aparelho parece um pouco desajeitado, mas o especialista garante que, se todos os passos forem seguidos, ele funciona perfeitamente bem e o mais importante: não gasta com energia e não desperdiça água.

O inventor é o físico Washington Luiz de Barros Melo, que trabalha na unidade de Instrumentação da Embrapa e utilizou um princípio simples da termodinâmica: o ar se expande quando aquecido. O cientista aproveitou essa propriedade para fazer do ar uma bomba que pressiona a água para a irrigação.

Econômico, sistema de gotejamento não desperdiça água.

Luiza Stalder/Divulgação Embrapa

Uma garrafa de material rígido pintada de preto, chamada de bomba solar, é acoplada a outra garrafa que contém água. Quando o sol bate no recipiente escuro, o calor aquece o ar que há dentro dele. Ao se expandir, o oxigênio empurra a água do recipiente de baixo e a “expulsa” por uma mangueira fina. Assim, a água cai sobre as plantas por meio do econômico sistema de gotejamento. “Funciona tão bem que se você sombrear a garrafa, o gotejamento para, e, ao deixar o sol bater novamente, a água volta a gotejar”, afirma o pesquisador Melo.

Materiais simples

Para deixar o equipamento ainda mais completo, você vai precisar de mais duas garrafas: uma mais rígida, também emborcada, que será uma espécie de caixa d’água e irá manter a garrafa do gotejamento abastecida; e um recipiente maior conectado à “caixa-d’água” que contém um volume maior de água, que será usado por todo o sistema.

“Os tubos que interligam as garrafas podem ser de equipos de soro hospitalar, por exemplo, mas já utilizei até capas de fios elétricos, retirei os fios de cobre de dentro e funcionou também” conta o pesquisador. Mas ele reforça que as ligações devem ser muito bem vedadas. “Isso pode ser obtido com adesivos plásticos, do tipo Araldite, mas exige uma aplicação minuciosa”, salienta.

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