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Fábrica do grupo Fiat: protecionismo argentino venceu. | Divulgaa§a£o
Fábrica do grupo Fiat: protecionismo argentino venceu.| Foto: Divulgaa§a£o

A presidente argentina, Cristina Kirchner, parece ter vencido o braço de ferro. Desde o início de 2011, o país vizinho restringe a entrada de produtos feitos no Brasil, inclusive máquinas agrícolas. Diante disso, empresas do setor passaram a investir em fábricas na própria Argentina para continuar acessando aquele mercado.

Antes da barreira, 85% das máquinas vendidas na Argentina eram importadas e cerca de 10% da produção brasileira tinha o país vizinho como destino. Esses números vão mudar.

A Fiat Industrial, dona das marcas Case e New Holland, inaugura hoje um complexo industrial em Ferreyra, na província de Córdoba. Fruto de um investimento de US$ 130 milhões, vai produzir 2 mil colheitadeiras, 4 mil tratores e 50 mil motores por ano. Até pouco tempo atrás, parte desse mercado era abastecido pela fábrica da Case New Holland em Curitiba.

Ampliações

Outras grandes do setor injetaram dinheiro nas plantas já existentes na Argentina. A John Deere destinou US$ 130 milhões em uma nova linha de produção na fábrica fundada em 1958 em Granadero Baigorria, na província de Santa Fé.

O grupo AGCO investiu US$ 140 milhões para incrementar em 50% a produção de tratores. Em outubro do ano passado, a paranaense Montana aumentou a produção de pulverizadores na sua planta na cidade de Casilda.

Base exportadora

Segundo a Associação de Fábricas Argentinas de Tratores (Afat), no ano passado cerca de 4,1 mil tratores e colheitadeiras foram vendidos no país, 7,6% menos que em 2011. Como o mercado doméstico não tem fôlego para absorver o aumento de produção, a expectativa é de que as marcas exportem maquinário para outros países da América Latina a partir da Argentina.

Colaboraram Luana Gomes e José Rocher

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