A Associação Paranaense de Planejamento Agropecuário (Apepa), entidade que representa empresas e profissionais do setor, paralisou as perícias do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), por falta de reajuste nos preços pagos aos peritos. A decisão foi tomada numa assembleia realizada no dia 15 de abril e começa a valer a partir desta quarta-feira (1º).
Administrado pelo Banco Central (BC), o Proagro auxilia pequenos produtores afetados por fatores climáticos, pragas e doenças que atinjam rebanhos e plantações. Sem as perícias, os produtores ficam sem auxílio, que é disponibilizado através de instituições financeiras.
Atualmente, uma perícia custa R$ 230. Segundo o presidente da Apepa, o engenheiro agrônomo Daniel Galafassi, o valor atual não é reajustado desde 2012. “Os peritos precisam ir até a propriedade para fazer o levantamento das perdas, medir a área com GPS, tirar fotografias, elaborar um laudo. O valor não cobre nem os custos com o transporte”, afirma. O valor pleiteado pela categoria é de R$ 680.
De acordo com Galafassi, a Apepa já apresentou a reivindicação para o Banco Central, que se comprometeu a apresentar uma resposta até o fim de junho. “Nós comunicamos o BC em novembro do ano passado. Eles entendem a nossa situação, mas dependem de outros órgãos e ministérios. Com receio de que a situação não mude, a categoria decidiu agir para pressionar”, explica. O Paraná tem cerca de 800 peritos.
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