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O que o senhor considera que fez de mais importante nesse primeiro ano como ministro e qual sua prioridade daqui para a frente?

A febre aftosa no Paraguai foi uma coisa que se enfrentou com muito cuidado, com muita parceria. Colocamos todos os nossos conhecimentos técnicos à disposição do governo do Paraguai e tínhamos a certeza que aquilo nos credenciava em toda a América do Sul. Não se combate febre aftosa apenas num país, mas sim num continente. A partir desse momento, nós tivemos o mercado externo reconhecendo o tamanho do Brasil. Queremos terminar 2014 com todo o Nordeste brasileiro livre de febre aftosa com vacinação. [Em relação às prioridades], a regionalização é uma coisa que eu tenho certeza que vai marcar o nosso período à frente do Ministério. Terá presente a necessidade de armazenamento, a questão da irrigação, vai olhar pra frente no que diz respeito à política agrícola da região. Isso já está sendo desenhado e tratado.

Como a política de regionalização vai funcionar na prática?

Primeiro, acho uma barbaridade estar levando milho de um lugar para outro no Brasil. Se eu tenho os estados que naturalmente têm déficit de milho, eu tenho que ter parcerias com a iniciativa privada, que deem guarida a essa situação de defasagem. Eu preciso ter produtor fazendo parceria com os estados e a União, no sentido de termos uma política de irrigação compatível com a localidade. A regionalização tem que se materializar através de juros, através de prazos.

Estamos a um mês do início da safra de verão, que deve ser a maior da história, e num momento de conjuntura extremamente favorável ao Brasil. O que o país vai oferecer de novo, no sentido de escoamento da produção?

Nós temos que ver isso em parceria com os estados. Nós temos que ver as estradas vicinais, identificar como auxiliar e os próprios governadores já estão fazendo um diagnóstico dessa situação. Agora, eu preciso examinar os portos e o Brasil está examinando, através de um trabalho comandado pela nossa senadora Gleisi [Hoffmann]. Assim como têm os portos, as hidrovias. No Brasil, junto com as ferrovias, [portos e hidrovias] sempre tiveram um tratamento aquém do que precisavam ter. O que se perde por falta de estrutura, é muito. E a presidenta Dilma [Rousseff] tem consciência disso e quer, de forma clara, atacar esse déficit do país.

O produtor deve contar com a mesma infraestrutura da última safra?

Talvez nós não tenhamos nenhuma ação concreta no que diz respeito à inaugurações de obra. Nós temos algumas que já estão em estado avançado, mas não temos nenhuma concluída até o próximo ano.

Como o Mapa recebeu a reclamação da Aprosoja Brasil sobre o risco de atraso na entrega de fertilizantes?

Nós estamos trabalhando para que isso não aconteça, para que essa situação se normalize. A nossa ministra da Casa Civil [Gleisi Hoffmann] tem trabalhado muito em articulação com todos os órgãos do governo. Nós não vamos permitir que o país conviva com situações como essa. Onde existe qualquer situação diferente, nós recorremos ao governo do estado, assinamos os convênios, para que nada fique em prejuízo do cidadão e do produtor.

O governo está preocupado com esse atraso?

Eu estou achando que isso não vai acontecer. Nós vamos conseguir vencer essa situação que estamos enfrentando.

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