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Enquanto no interior do estado a rebanho de búfalos tem sido reduzido por ser considerado menos lucrativo que outras atividades, no Litoral a preservação do ambiente exerce influência significativa. As três áreas compradas pela organização não-governamental Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) entre 2000 e 2002 tinham búfalos, que foram abatidos.

O biólogo da SPVS Ricardo Miranda de Britez conta que as três áreas somam 18,6 mil hectares e 1,5 mil eram dedicados aos bubalinos. Os terrenos foram adquiridos para dar sustentação ao programa de compensação da emissão global de gases do efeito estufa mantido pela ONG.

Todos os cerca de 1 mil búfalos que havia nas três áreas da SPVS foram vendidos para os frigoríficos. A medida reduziu em cerca de 20% o plantel da região. Hoje, os municípios de Antonina, Guaratuba, Guaraqueçaba, Morretes e Paranaguá juntos têm cerca de 3,5 mil cabeças, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Britez considera que, quando o manejo é correto, o búfalo não é, em si, um problema ambiental. Para reduzir o custo de manejo, muitos produtores não investem o suficiente em cercas, frisa. Os animais que fogem pisoteiam e consomem a vegetação sob as árvores.

A empresária e pecuarista Ana Boscardin relata que a criação de bubalinos exige manejo bem planejado e tem limitações relacionadas ao meio ambiente. Ela conta que sua família pensa em vender 70 animais mantidos em 500 hectares. "Até hoje foi por hobby. Para ser rentável, é preciso manejo mais adequado. Além disso, os órgãos ambientais não querem que ampliemos a concentração de búfalos na mesma área." Por outro lado, a família valoriza a tradição na cultura. "Só vamos vender por preço justo." (JR)

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