• Carregando...

A proliferação de insetos aumentou nas últimas semanas e, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – estados percorridos pela Expedição Safra Gazeta do Povo em quinze dias –, exige aplicações extras de pesticidas. "Para controlar tantos bichos e a ferrugem, estamos tendo que fazer praticamente uma aplicação a cada oito dias nas áreas infestadas", disse produtor Rogério Baruffi, de Primavera do Leste (MT). Quando não há controle, as lagartas (foto)consomem as plantas e reduzem o potencial produtivo da soja. O controle químico torna-se a única saída, elevando os custos. Cada aplicação encarece a produção em cerca R$ 35 por hectare, afirmam os produtores. Para quem tem áreas próximas de 1 mil hectares, comuns na Região Centro-Oeste, isso significa perda equivalente a um carro zero quilômetro por semana.

Louva-a-deus tem boa reputação

Nem todos os insetos representam praga para a produção de grãos. O louva-a-deus conta com boa reputação, por consumir insetos como a mosca, amenizando o problema das infestações. Eles recebem esse nome porque, quando pousados, lembram uma pessoa de mãos postas orando. Para se alimentar, armam emboscadas e prendem suas presas com as pernas. Porém, não dão conta de controlar os ataques de lagartas como a medideira, aquela que se movimenta encolhendo e esticando o corpo. As extensas áreas de soja e de algodão são um prato cheio para centenas de espécies, que se multiplicam rapidamente. Na cotonicultura, a necessidade de controle químico é ainda maior, exigindo trabalho permanente de tratores e pulverizadores.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]