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O preço do leite pago ao produtor, na casa de R$ 0,70 o litro, mostra-se estável. É praticamente o mesmo do início do ano. Às vésperas do verão, quando a produção aumenta, pode cair e reduzir a renda do setor. O risco de crise acentuado deve-se às importações, aponta o produtor Ronald Rabbers, pecuarista em Castro, a bacia que tem as maiores produtividades no Paraná.

Mesmo para quem alcança bom rendimento, a situação está ruim, diz Rabbers. Ele considera que o preço do litro do leite ao produtor estaria em R$ 1 se não fosse a invasão de produtos estrangeiros. Reclama que a pressão constante pela redução do custo acaba discriminando quem investe em qualidade.

"A política brasileira não leva em conta que o produtor precisa ter renda e estabilidade para investir no rebanho e na qualidade da produção", protesta. Ele afirma que a oferta do produto está em queda por causa da seca entre agosto e setembro. "Os preços não reagem porque está entrando muito leite de fora."

Na avaliação da agrônoma da Federação da Agricultura do Paraná (Faep) Sívia Digiovani, os produtores têm razão em reclamar, mas estão sujeitos à política cambial. "Os preços pararam de cair no Paraná em setembro justamente porque o quadro é de oferta menor." A seu ver, o aumento das exportações permitiria não apenas a ampliação da produção, mas enxugaria também o excesso de leite no mercado interno.

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