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Quem produz alimentos como soja e café orgânicos sabe que as exportações podem alavancar o setor de uma hora para outra. Com 2,4 hectares de café em Nova Aurora (Oeste), o agricultor Ivacir João da Silva, de 44 anos, aguarda a assinatura de um contrato para multiplicar a produção. Ele faz parte da Associação dos Produtores de Orgânicos do Médio Oeste, que mandou café para avaliação de importadores europeus e espera uma resposta. Responsável pela área de comercialização da associação, Sônia Maria Babinotti, de 40 anos, conta que um único contrato pode esgotar 14 toneladas de café e 200 toneladas de soja produzidas anualmente pelos integrantes da entidade.

Mas trabalhar duro não é tudo. É preciso muita paciência, relata Sônia. Ela conta que a aceitação dos produtos orgânicos brasileiros no exterior é bastante demorada, pela série de testes que são feitos com os alimentos. Isso não significa que todas as portas estão fechadas para produtos sem certificado internacional. Mas os selos reconhecidos nos Estados Unidos e na Europa podem abreviar o processo, avalia.

O produtor Ivacir conta que, mesmo para quem vende a produção para o consumo interno, o quadro é bastante favorável. O café que ele produz é vendido nos supermercados por preços maiores que os das grandes indústrias. Além disso, onde a associação monta seus estandes, falta pó até para o cafezinho gratuito oferecido aos clientes, como ocorreu na segunda edição do Paraná Orgânico, realizada um mês atrás no Parque Newton Freire Maia (antigo Castelo Branco), em Pinhais.

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