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Enquanto o país discute alternativas para superar uma das maiores crises do agronegócio brasileiro, o Paraná surpreende e anuncia um investimento recorde no processo de agroindustrialização das cooperativas. Com um aporte de R$ 1 bilhão, as cooperativas comandam um processo de modernização da produção agrícola e pecuária jamais visto no estado.

Pode-se dizer que o sistema completa um ciclo industrial iniciado há três décadas, quando do fortalecimento das bases estruturais do cooperativismo paranaense. Com exceção do fato de continuar sendo uma sociedade de pessoas, muita coisa mudou desde aquela época. Soja e milho viraram óleo e ração; o leite, produtos lácteos; a carne, embutidos. A atividade no campo passou a se chamar agronegócio.

E não foi só boa vontade que transformou essa realidade. Foi necessário muito investimento, planejamento e ousadia, um perfil que rendeu muitas conquistas mas também dificuldades ao sistema. O que vemos hoje é um modelo de produção e integração de pessoas mais maduro, com visão de futuro e participação efetiva no desenvolvimento econômico e social do estado, das regiões e municípios.

O grande diferencial em todo esse processo é que o investimento bilionário de que falamos não é feito por empresas, holdings ou multinacionais, mas por pessoas comuns. São produtores rurais que dão vida às cooperativas. Na prática, uma forma de inclusão econômica que independe do poder aquisitivo, do capital investido ou do número de ações, mas do trabalho individual de cada cooperado, que também não deixa de ser um grande empresário. É a força do cooperativismo, que transforma a produção de pequenos produtores em grandes negócios.

Mas e crise da qual tanto se fala no Brasil, será que não chegou ao Paraná? Chegou sim, e com a mesma intensidade que afeta outras regiões do país. O que muda aqui é a maneira como os problemas são encarados. As cooperativas também precisam renegociar a dívida de seus produtores e sofrem com a instabilidade cambial. Mas investir é questão de sobrevivência, mesmo em tempos de dificuldade.

Um pouco da história desse sistema, que na década de 70 revolucionou as economias regionais e hoje contribui com mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio paranaense, você confere na edição de hoje. O Caminhos do Campo também mostra como as cooperativas se preparam para consolidar seu espaço num ambiente econômico globalizado e cada vez mais competitivo.

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