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Apesar de a produção de soja ter sido recorde na última safra no Paraná – chegando a 15 milhões numa safra de grãos de 32 milhões de toneladas –, o recolhimento de embalagens de agrotóxicos vazias teve queda de 9% no primeiro semestre, conforme o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). O presidente da inpEV, João Cesar Rando, afirma que não houve relaxamento. Uma série de fatores teria reduzido os números.

"Há muitas embalagens estocadas nas unidades de recebimento no Paraná. O estado tem 70 unidades com estoques, que não entram na conta nacional. Se entrassem, o estado teria ampliado o recolhimento em 2%", argumenta. A manutenção desses estoques estaria relacionada ao funcionamento da logística reversa, em que o material é recolhido quando disponível no momento em que um caminhão de entrega de novos produtos passa pela unidade de coleta.

O clima seria outro fator de redução da disponibilidade de embalagens vazias. "A safrinha (milho de inverno) foi muito afetada pelo frio e, em algumas regiões houve seca. Com isso, o plantio foi impactado por fatores climáticos, o que reduziu o uso de defensivos", disse Rando. Além disso, a redução da incidência de ferrugem na soja entre janeiro e março teria dispensado o uso de fungicidas em parte das lavouras. "O sistema de recolhimento está preparado para 100% das embalagens", garantiu o presidente do inpEV.

Segundo o instituto, o Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos) destinou de forma ambientalmente correta 3.062 toneladas de embalagens vazias no Paraná. O volume representa 18% do total destinado no Brasil. Somente no mês de agosto, 522 toneladas fo­­­ram destinadas no estado, sendo que desse total 94% foi encaminhados para a reciclagem. No primeiro semestre do ano, o volume destinado em todo o Brasil foi de 24.970 toneladas, índice 11% maior no comparativo ao ano anterior.

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