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O relatório de acompanhamento de plantio divulgado ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostra que os produtores norte-americanos têm passado muitas horas no campo nas últimas duas semanas. Con­forme pesquisa feita pelo site Agriculture.com na semana passada, metade dos agricultores estão com o plantio adiantado e outros 28% estão com os trabalhos em dia nos EUA.

Porém, apesar do plantio do milho estar adiantado no país, isso não é uma regra geral. Enquanto alguns produtores afirmam já estar quase terminando o plantio, outros esperam chuvas ou temperaturas mais baixas para avançar com as plantadeiras. O contraste entre essas duas situações é grande. Na região Centro-Sul do Nebraska, agricultores precisaram esperar o solo secar após dois dias consecutivos de chuva na semana passada. Enquanto isso, o Centro-Sul de Kansas vive situação inversa. "Tem muito milho sendo plantado por aqui... e pivôs funcionando a todo vapor. Na minha lavoura não chove há seis semanas", relatou um produtor da região.

A grande questão agora é até quando o clima quente e seco irá durar. Algumas previsões climáticas já apontam mudança nesse padrão nas próximas semanas. Elwynn Taylor, meteorologista a agrônomo da Universidade de Iowa afirma que as chuvas que foram registradas na semana passada em parte do Corn Belt podem ser o início de um período mais úmido, com temperaturas mais baixas no cinturão de produção de grãos dos EUA. "Há previsão de tempo frio e úmido na porção oeste do Corn Belt e isso pode ser um indicativo que o padrão climático de 2009, de temperaturas abaixo da média e chuvas acima do normal, esteja voltando neste ano", prevê.

Taylor explica que essa mudança de padrão climático é resultado do término do El Niño no Hemisfério Norte. Mas o que pode roubar as atenções a partir de agora é o fenômeno La Niña, que começa a se configurar e que geralmente costuma se traduzir em seca no meio-Oeste dos EUA. "Mas ainda não há como afirmar com certeza. As chances de isso acontecer são de uma em cinco", ameniza.

"Historicamente, a chance de produtividades de milho abaixo do normal é de 45%. Em anos de El Niño cai para 30% e em anos de La Niña aumenta para 70%", afirma Taylor. Mas, mesmo que o La Niña se confirme, isso não significa que as lavouras norte-americanas estão em perigo. "A partida do El Nino não é sinônimo de clima adversos no Meio-Oeste", garante Taylor.

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