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A vaca holandesa vermelha e branca vem sendo descrita como o animal ideal para o clima dos Campos Gerais. Nenhuma raça leiteira bate a holandesa em relação ao frio do inverno com temperaturas próximas de zero. Mas o calor muitas vezes deixa a vaca preta e branca estressada. Nessas horas, elas exigem ventiladores, sombra e água fresca. Na troca do preto pelo vermelho, portanto, o rendimento de leite pode ser maior durante os meses mais quentes do ano.

"É um animal melhor em quase todos os aspectos. O leite tem mais gordura e proteínas que o da tradicional vaca holandesa preta e branca. Se a gente considerar o clima, também há vantagens. Agora está frio e, para o rebanho holandês, isso é ótimo, pois as vacas produzem mais e melhor em temperaturas baixas. No entanto, a vermelha e branca é mais resistente aos nossos verões, que estão cada vez mais quentes", afirma o pecuarista Reinaldo Boer.

Ele explica que, "por causa da sua pelagem avermelhada, os animais absorvem menos a energia solar e, assim, aguentam melhor o calor". Entre os 580 bovinos que compõem seu rebanho, 80 são vermelhos e brancos, o maior número entre os cooperados da Castrolanda.

Outro diferencial é a resistência a doenças, sustenta Boer. "É um animal muito valorizado em outros países, e agora estão começando a enxergar melhor suas vantagens aqui também." Ele refere-se ao torneio exclusivo para vacas vermelhas e brancas que ocorre na feira Agroleite. Em sua avaliação, a competição vai esclarecer as diferenças do animal aos olhos dos produtores de leite.

Mas, nem tudo são vantagens. A produtividade é comprovadamente menor. Conforme os próprios pecuaristas de Castro, a diferença chega a 15%. Ou seja, para cada 100 litros de leite da vaca preta e branca, a vermelha e branca produz 85. Em relação à concentração de sólidos, as produções dos dois animais se equivalem em alguns casos.

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