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A seca que castiga a principal região agrícola dos Estados Unidos afetará os preços dos alimentos no país no curto e médio prazo, revelou ontem o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA, na sigla em inglês).

O setor mais impactado pela alta dos grãos é o de carnes e a avicultura deverá o primeiro segmento a sentir o efeito da redução da oferta dos produtos. A previsão aponta que os preços das aves deve encerrar este ano com valorização de 3,5% a 4,5%. Para o próximo ano, o órgão aposta em mais 3% ou 4% de alta da carne.

Os preços da carne bovina já acumulam alta de cerca de 7% nos últimos 12 meses e tendem a subir mais 4% ou 5% em 2013.O próprio secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, admitiu publicamente esta semana que o país terá inflação de 2,5% a 3,5% ainda este ano, informou uma fonte do país.

O cenário é atribuído a uma severa estiagem que assola o Meio-Oeste dos Estados Unidos, onde está o Corn Belt (cinturão do milho). Especialistas dizem que o quadro atual é o pior em mais de 50 anos e atingirá principalmente as lavouras de soja e milho.

Hoje, os norte-americanos são os maiores produtores mundiais das commodities e principais player do mercado internacional, fornecendo grãos para todo o mundo. A quebra projetada já ultrapassa as 50 milhões de toneladas, mais que o dobro do registrado no último verão na América do Sul.

ChuvaNesta semana, voltou a chover sobre parte das áreas mais prejudicadas dos Estados Unidos. Os volumes, porém, não ultrapassaram os 30 milímetros, ou seja, não foi suficiente para estancar as perdas das lavouras.

Para os próximos dias, os prognósticos climáticos apontam formação de precipitações em boa parte das regiões produtoras do país, e em maior volume. Mas, no mês de agosto, a seca e as altas temperaturas devem voltar a assolar o Meio-Oeste norte-americano, prevê o instituto Somar.

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