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Soja e milho estão em busca de um teto na Bolsa de Chicago (CBOT, na sigla em inglês) e também no Brasil. Na semana encerrada na sexta-feira (20), os dois grãos acumularam o mais alto saldo positivo de todos os tempos. Em cinco pregões, a oleaginosa ganhou mais de US$ 1,60 por bushel (mais de US$ 3,50 por saca de 60 quilos) e quebrou seu terceiro recorde de preço. O cereal não ficou para trás. Sem registrar novas máximas há mais de um ano, o grão tratou de compensar o atraso, atingindo dois recordes consecutivos nos dois últimos dias da semana. Resultado: ganhou US$ 0,84 por bushel no período (US$ 1,98 por saca) e fechou a sexta-feira com chave de ouro: US$ 8,24 por bushel (US$ 19,44 por saca).

Sem previsão de melhora no clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos, que está sob chamas em algumas localidades, os recordes tendem a ser atropelados nos próximos pregões de Chicago. Embora espalhe otimismo entre os agricultores brasileiros, que contam as horas para dar início à nova safra de verão, a partir do fim de agosto em alguns estados, a situação enfrentada pelos norte-americanos deve gerar um efeito cascata em todo o mundo. Bom para quem terá soja a vender nos patamares mais altos de preços, mas ruim para o consumidor, principalmente aquele que depende de outros países, incluindo o Brasil, para se alimentar.

Para a América do Sul, aliás, a missão de saciar a fome de uma população crescente é ainda maior. O clima na próxima safra terá a companhia do El Niño, fenômeno que historicamente mais ajuda do que atrapalha. Mas vale lembrar que, na agricultura, paraíso e inferno, ou lucro e prejuízo, são vizinhos de cerca, o que torna ainda o investimento na lavoura um fator mais obrigatório do que nunca.

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