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Diferentemente da soja, sementes de milho de verão já começaram a ser largadas nos solos. | Foto: Jonathan Campos/gazeta Do Povo
Diferentemente da soja, sementes de milho de verão já começaram a ser largadas nos solos.| Foto: Foto: Jonathan Campos/gazeta Do Povo

O agricultor brasileiro prefere fazer o tratamento de semente na própria fazenda, mas esse costume está mudando rapidamente e a tarefa será assumida pelos sementeiros. A previsão é da Basf, multinacional alemã que está lançando no Brasil direcionado a esses dois elos e aos detentores das tecnologias embutidas nos grãos. O Seeds Solutions reúne produtos e serviços para atravessar essa fase de transição.Com base em pesquisa sobre como é feito o tratamento de sementes, a empresa considera que 70% das operações ocorrem nas fazendas e o restante na cadeia industrial. "Em cinco anos essa proporção vai se inverter", afirma Fernando Pereira, gerente de Marketing da Basf para o setor de tratamento de sementes.Em sua avaliação, a tradição vai mudar porque é "logisticamente mais fácil" tratar as sementes antes da distribuição. "Vai ser uma migração natural. O agricultor vai perceber a vantagem no custo de mão de obra e na manipulação dos produtos. Vai ser só colocar na plantadeira e iniciar o plantio", aponta.Em 2012, a Basf investiu 1,75 bilhões de euros em pesquisa em desenvolvimento. Desse total, 25% foram para a área de proteção de cultivos, a maior parcela do investimento global. Existem atualmente 280 projetos em andamento na América Latina. Até 2020, a empresa que lançar 120 novos produtos, boa parte em mercados como o brasileiro.

Leia trechos da entrevista com Pereira:

O que é exatamente o Seeds Solutions?É uma marca global da Basf criada para poder identificar soluções através das sementes. Reúne uma série de produtos, serviços, tecnologias de máquinas de tratamento, de inoculantes... É um centro de pesquisas e soluções que engloba proteção de plantas e benefícios do sistema Ag Celence.

Esses clientes não são só produtores?Quando a gente fala em sementes, estamos falando dos obtentores, que são as empresas de sementes, dos multiplicadores, que são os sementeiros e revendas, e dos agricultores. Os três blocos da cadeia.

Porque essa aposta focada na semente? É o ponto que precisa mais atenção no sistema de produção?Houve uma evolução muito grande de valor agregado à semente. Hoje o milho tem tanta tecnologia que a recomendação é feita em número de semente por hectare, e a soja está caminhando para isso também. Essa semente tem um valor agregado cada vez maior, e há um interesse muito forte em proteger essa genética, para que o produtor possa aproveitar todo esse potencial genético.

A semente não se tornou mais frágil, vulnerável às pragas?O melhoramento genético evoluiu bastante. Toda empresa de semente busca produtividade e também maior tolerância a doenças. Isso não deixou a semente mais exposta. A questão é que há uma necessidade de tomar um cuidado maior pelo valor agregado na semente, que é muito alto.

Como vai ser a relação com os consumidores, com quem vai utilizar esse sistema?É uma integração de ofertas. O Seeds Solutions é sustentado por quatro pilares: tecnologia, proteção de plantas, o de AgCelence e o de serviços. O nosso público alvo são empresas de sementes, os multiplicadores e os agricultores. Para cada elo, vamos oferecer os serviços que eles mais precisam. Máquinas de tratamento de sementes, os produtos para proteção, os polímeros e pós-secantes. Para que a semente chegue mais segura ao produtor do ponto de vista técnico e ambientou.

Isso vai acabar onerando a semente?É um custo que vale a pena. As empresas de genética estão colocando muito valor agregado na semente. Para que o agricultor possa extrair essa tecnologia, é aí que entra a Basf com essas soluções. Para que o produtor explore esse potencial genético.

Há novas moléculas, ou soluções integradas?Quando você fala de produção de plantas, aí sim. Para o futuro, teremos inovações que irão contribuir fortemente para trazer benefícios ao agricultor, para ele se tornar bem mais competitivo.

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