• Carregando...

Apesar da exportação de soja transgênica já ter superado a de soja convencional em agosto no Porto de Paranaguá, a segregação deve atingir seu auge em 2007. O projeto Rumos da Safra, da Gazeta do Povo, estima que 41% das lavouras estão recebendo sementes geneticamente modificadas, praticamente o dobro da última safra. O setor produtivo prevê que, se mantidas as condições atuais de embarque, o grão modificado continuará a ser desviado para Santa Catarina e São Paulo no ano que vem.

A avaliação se apóia no argumento de que os problemas enfrentados para embarcar a soja transgênica podem se agravar. "A exportação por Paranaguá vai cair ainda mais", afirma o representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no Conselho de Autoridade Portuária (CAP), economista Luiz Antonio Fayet. Ele diz que falta estrutura para destravar as exportações de soja.

Mesmo com a liberação de três berços para embarque de soja transgênica, Paranaguá perdeu soja, segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A queda chegou a 21,8% nos primeiros oito meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Já os portos de São Francisco do Sul e Santos aumentaram a exportação de soja em 61,7% e 7,5%, respectivamente. A participação do Paraná nos embarques de soja do Brasil caiu de 39% em 2000. para 23% no ano passado.

Os operadores reclamam que Paranaguá cobra a separação da carga transgênica nos porões dos navios, mesmo quando o comprador não faz essa exigência. Além disso, apontam falta de estrutura para carregamento e atraso nas operações de dragagem.

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina não quis se manifestar. O presidente do CAP, Hélio José da Silva, diz que esses problemas ainda serão discutidos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]