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Embora a produção de soja tenha aumentado para os dois institutos, o tamanho total da safra brasileira caiu. | Jonathan Campos/GAZETA DO POVO
Embora a produção de soja tenha aumentado para os dois institutos, o tamanho total da safra brasileira caiu.| Foto: Jonathan Campos/GAZETA DO POVO

Mesmo com metodologias e resultados diferentes, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para um recorde absoluto na produção nacional de soja. Segundo o IBGE, o Brasil deve alcançar 115,8 milhões de toneladas em 2018. O resultado é 0,7% maior que 2017. Segundo a Conab, a colheita da oleaginosa deve atingir 118 milhões de t. Para os dois institutos, a justificativa é o aumento de área na safra 2017/18.

Embora a produção de soja tenha aumentado para os dois institutos, o tamanho total da safra brasileira caiu. No IBGE, a queda foi de 5,2% ante 2017 (228,1 mi de t contra 240,6 mi de t). Para Conab, a colheita foi 3,4% menor (229,7 mi de t contra 237,7 mi de t).

Em sua 5.ª estimativa para o ano, o IBGE projeta uma área colhida de 61,2 milhões de hectares, uma alta de 43.260 hectares frente à área colhida em 2017. Em relação a 2017, houve alta de 2,6% na área da soja e reduções de 7,3% na área do milho e de 3,6% na área de arroz. Segundo o instituto, a produção de milho e arroz devem cair 15,1% e 7,0%, respectivamente.

Segundo a 9.ª estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área manteve o destaque na série histórica, representada por um cultivo que se estende por 61,6 milhões de hectares, aumento de 1,2% em comparação com a safra anterior. Na ordem crescente de ganho da área plantada, vem a soja que sai de 33,9 milhões para 35,1 milhões de hectares e ganho absoluto de 1,2 milhão de hectares, o maior entre todas as culturas. E na sequência, vem o algodão que alcançou 1,2 milhão de ha, com acréscimo de 236,9 mil ha, e o feijão segunda safra, com 1,5 milhão de ha, graças ao aumento de 121,5 mil ha.

No pico de volume, estão o milho total e a soja, esta última responsável pelo desempenho produtivo e cujo avanço da colheita vem confirmando a boa produtividade de 3.359 kg/ha, próxima do recorde passado de 3.364 kg/ha. A produção da oleaginosa deve atingir recorde de 118 milhões de t, aumento de 3,5% ante a safra passada.

A colheita de milho primeira safra já foi finalizada na Região Centro-Sul, enquanto os trabalhos estão se iniciando no Nordeste, diz a Conab. A produção do cereal na primeira safra deve se aproximar de 26,8 milhões de toneladas, 12,1% inferior à safra passada influenciada, principalmente, pela redução na área semeada. O milho segunda safra, que responde por 70% da colheita total, deve alcançar 58,2 milhões de toneladas, 13,5% inferior à safra passada e 7,5% inferior ao levantamento anterior.

A produção de algodão em pluma deve alcançar 1,9 milhão de toneladas, com registro de 28,1% a mais que a safra anterior. Segundo os técnicos da Conab, a cultura se encontra em frutificação e maturação e a redução nas precipitações tem favorecido a qualidade da fibra. O crescimento da produção é resultado de expressivo aumento de área (25,2%) aliado ao ganho de produtividade de 2,2%.

Com a colheita no ápice, a produção de feijão de segunda safra deve ser de 1,3 milhão de toneladas. Se confirmada, serão 538,5 mil toneladas de feijão comum cores, 177,2 mil toneladas de feijão comum preto e 616,6 mil toneladas de feijão-caupi. Com o plantio avançado, a terceira safra de feijão deve apresentar redução de área em 4,8%. A produtividade é estimada em 1.252 kg/ha. A primeira safra da leguminosa já encerrada deve atingir 1,28 milhão de t, queda de 5,9% ante a safra anterior.

A colheita de arroz está próxima do fim, restando apenas alguns Estados na Região Norte e Nordeste, informa a Conab. Os números apontam para uma produção de 11,7 milhões de toneladas, das quais 1,2 milhão de toneladas de cultivo em sequeiro e 10,5 milhões de t de áreas com plantio irrigado. O desempenho da produção representa queda de 4,8% em relação à safra anterior.

Com relação às culturas de inverno, a estimativa é de aumento de 4% na área semeada com trigo, estimada em 2 milhões de hectares, resultando numa produção de 4,86 milhões de toneladas, aumento de 13,9% ante 2017.

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