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Clima desfavorável após o fim do vazio sanitário dificultou plantio de oleaginosa no estado. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Clima desfavorável após o fim do vazio sanitário dificultou plantio de oleaginosa no estado.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Produtores de soja de Mato Grosso, principal estado produtor do país, duplicaram a área plantada na última semana, alcançando 38% do total previsto para a temporada 2015/16, mas o ritmo geral ainda é o mais lento desde 2010, mostrou nesta sexta-feira (30) levantamento semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Na semana passada, o Imea havia registrado plantio em apenas 19,6% da área projetada para Mato Grosso.Chuvas registradas nos últimos dias parecem ter oferecido ao solo de muitas regiões a umidade necessária para o plantio, mas ainda assim o plantio está 15 pontos percentuais atrasado em relação a média histórica.

Na região da Canarana, Nordeste de Mato Grosso, o plantio está na fase inicial. Segundo o Imea, os trabalhos na região avançaram esta semana para 15% do total previsto. “Está bastante atrasado... Nessa época já deveríamos ter 40% a 50% plantados”, disse o presidente do Sindicato Rural de Canarana, Arlindo Cancian, reclamando de “chuvas muito localizadas”.

O produtor Emerson Zancanaro, de Nova Mutum, no Médio-Norte de Mato Grosso, afirmou que as precipitações ainda são muito irregulares na região. “Algumas áreas do município estão ainda com plantio parado... Não está chovendo geral, está muito ‘picadinho’“, disse ele.

A preocupação, segundo Cancian e Zancanaro, é que o atraso do cultivo de soja prejudique o plantio da segunda safra, de milho, que precisa ser semeada antes do fim do período chuvoso. “Estamos numa dúvida muito grande sobre a safrinha”, relatou o produtor de Nova Mutum.

Dados meteorológicos mostram que até por volta do dia 20 de outubro as chuvas foram bastante irregulares e escassas em Mato Grosso, prejudicando o plantio, que estava autorizado oficialmente desde 15 de setembro. Para os próximos dias as previsões sinalizam que o cenário tende a melhorar.

“Não só esse final de semana, mas durante toda a semana que vem, haverá formação de nuvens de chuvas sobre todo o Brasil, desde o Rio Grande do Sul até o Pará. Há indicativos de que essa vez chuvas mais fortes e mais abrangentes venham a ocorrer sobre a faixa central do Brasil, ou seja, sobre o Sudeste e Centro-Oeste”, disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar Meteorologia.

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