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Gerente de Agronegócio da Gazeta do Povo, o jornalista Giovani Ferreira apresentou os números finais da Expedição Safra | Daniel Castellano/ Gazeta Do Povo
Gerente de Agronegócio da Gazeta do Povo, o jornalista Giovani Ferreira apresentou os números finais da Expedição Safra| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta Do Povo

O volume das exportações de soja registrado até agora – 48% maior que o do primeiro quadrimestre de 2013 – é um forte indicador do crescimento da participação brasileira no mercado global e abre a possibilidade de o país ultrapassar a estimativa inicial de 45 milhões de toneladas exportadas em 2014. Os embarques já somam 17 milhões de toneladas e devem ficar entre 45 milhões e 48,5 milhões (t), apontou ontem a Expedição Safra Gazeta do Povo, no evento de encerramento das sondagens de campo de 2013/14, que reuniu cerca de 200 pessoas.

“Temos o desafio de promover o crescimento sustentável dos grãos e isso passa pelas exportações”, afirma Giovani Ferreira, gerente de Agronegócio da Gazeta do Povo. Para Marcelo Garrido, economista do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, os negócios no exterior também têm papel fundamental para os produtores paranaenses, que no ano passado exportaram metade (7,9 milhões de toneladas) da produção de soja do estado. “Estimamos um desempenho igual ou superior neste ano”, estima.

Este é o segundo ano em que o Brasil ocupa a posição de líder nas exportações de soja. Em 2013, ultrapassou os Estados Unidos em 6 milhões de toneladas. Neste ano, mesmo com a retomada dos embarques norte-americanos, devem manter vantagem de pelo menos 1,5 milhão (t). Para isso, basta que o Brasil mantenha embarque de 3,5 milhões de toneladas ao mês até dezembro, volume que corresponde a 43% do embarcado em abril, quando deixaram o país recordes 8,2 milhões de toneladas (185 navios).

A Expedição Safra mostrou que, além de aumentar a produção, o país destina uma parcela cada vez maior da colheita ao mercado externo. Em uma década, a produção cresceu 67% e as exportações, 95%. As vendas externas davam destino a 48% da produção e agora consomem até 56%, considerando a colheita do último verão, consolidada em 87,1 milhões de toneladas.

Milho

Já em relação ao milho, a liderança mundial alcançada pelo Brasil em 2013, com a exportação de 26,6 milhões de toneladas, foi provisória, mostra a análise da Expedição Safra. A tendência é que o país continue embarcando 20 milhões de toneladas por ano, mas os Estados Unidos retomaram posição e têm condições de exportar o dobro desse volume já em 2015, ultrapassando 50 milhões de toneladas nos próximos anos. “Precisamos lembrar que no início desta década o Brasil praticamente não exportava milho. Os embarques de 20 milhões de toneladas por ano vieram para ficar”, acrescentou Ferreira.

Para o próximo ciclo – safra 2014/15, o desafio é manter a taxa de crescimento da última temporada (5,4%). Para isso, as exportações continuam tendo papel fundamental, para que os produtores brasileiros tenham segurança na hora de definir o plantio.

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