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Com aumento da mistura, produtores brasileiros acreditam que o país pode se tornar o segundo maior produtor mundial do biocombustível a partir de soja | Divulgaa§a£o/ Bs Bios
Com aumento da mistura, produtores brasileiros acreditam que o país pode se tornar o segundo maior produtor mundial do biocombustível a partir de soja| Foto: Divulgaa§a£o/ Bs Bios

O encaminhamento da Medida Provisória que determina o aumento da mistura do biodiesel ao diesel para 6% a partir de julho ao Congresso Nacional foi muito bem recebido pelos produtores do biocombustível. Em nota, Erasmo Carlos Battistella, presidente da Aprobio, associação que representa o setor, destacou que a medida vai expandir o mercado do produto no Brasil. “É uma vitória de todos. Depois de investir cerca de R$ 4 bilhões, o setor produtivo, que opera com 60% de ociosidade, está pronto para atender o aumento da demanda”, disse. Ele acrescenta ainda que os produtores têm condições de atender a uma demanda com mistura de até 10%.

A produção brasileira do biocombustível – fabricado a partir da soja – é a terceira maior do mundo, atrás de Estados Unidos e Alemanha. No ano passado, as usinas nacionais produziram 2,91 bilhões de litros. Segundo a Aprobio, o mercado está saturado e 30 usinas já paralisaram suas operações no início deste ano. Atualmente a mistura do biodiesel ao diesel é de 5%, o que acaba obrigando o país a buscar boa parte do combustível no exterior.

AlívioO ato elevará a produção do biocombustível feito a partir de soja, ao mesmo tempo em que reduzirá a necessidade de importação de diesel, aliviando a balança comercial de petróleo do país e as contas da Petrobras , que hoje vende no mercado interno combustíveis a valores mais baixos do que os de compra no exterior.

Com uma mistura de 7% prevista para vigorar a partir de novembro, o consumo de biodiesel no Brasil poderia subir dos cerca de 3,4 bilhões de litros esperados para 2014 (já considerando os percentuais adicionais, de julho a dezembro) para 4,2 bilhões de litros em 2015 --no ano passado, o consumo brasileiro foi de quase 3 bilhões de litros.

O aumento da mistura, antecipado por representantes da indústria na segunda-feira, estava em discussão desde o ano passado, mas havia encontrado resistências por parte do Ministério da Fazenda por conta de temores relacionados ao possível impacto na inflação.

"Como a gente assegura a produção de farelo (de soja), a gente vai garantir maior estabilidade nos preços de alimentos para os rebanhos do Brasil. Nós também teremos um benefício, uma melhoria de nossa balança comercial de derivados do petróleo", destacou Dilma.

ImpactoPara evitar qualquer impacto nos preços, na eventualidade de uma queda na produção de soja, o governo também estabeleceu uma banda entre 5% 7% de mistura de biodiesel, que poderá variar de acordo com as condições econômicas, em mecanismo semelhante ao adotado na mistura do etanol anidro à gasolina.

Com a mistura de 6 por cento, que deve valer entre julho e outubro, o consumo de biodiesel deverá aumentar em 200 milhões de litros, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo cálculos da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Com o percentual de 7%, de novembro a dezembro, estima-se outros 200 milhões de litros adicionais, segundo a Abiove.

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