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Com previsão de grande oferta de grãos, investidores vendem contratos na Bolsa de Chicago e cotações caem. | Josa© Rocher/gazeta Do Povo
Com previsão de grande oferta de grãos, investidores vendem contratos na Bolsa de Chicago e cotações caem.| Foto: Josa© Rocher/gazeta Do Povo
Colheita de soja e milho avançou para perto da metade da área plantada nas duas últimas semanas.

As cotações de soja tiveram uma semana de oscilações em Chicago e voltaram a atingir US$ 13 por bushel -- no melhor momento deste ano da oleaginosa no Brasil. Nesta sexta-feira pela manhã, a commodity varia de US$ 12,89 a US$ 13/bu nos contratos de novembro, num sinal de que o mercado busca aumentar suas compras.

Esse teto não era atingido desde o mês passado, quando o Departamento de Agricultura dos EUA, o Usda, suspendeu relatórios de oferta e de manda e do andamento da colheita e o mercado passou a operar a partir de projeções privadas. Novos relatórios oficiais devem ser lançados a partir da próxima semana. O setor espera conhecer os dados do Usda sobre o andamento da colheita e a situação das lavouras em pé dia 21.

O milho também demonstra reação, mas o que predominou foi a forte oscilação nas duas últimas semanas, durante o apagão do Usda. A cotação desta sexta-feira pela manhã, US$ 4,45 ainda não representa retorno aos patamares de setembro.

No Brasil, a soja e o milho seguem caminhos inversos. A oleaginosa vale R$ 65 por saca de 60 quilos no Paraná, a melhor cotação do ano, impulsionada pelo dólar alto. Já o milho está em baixa desde janeiro e vale R$ 17,50 no estado, após safra recorde no último inverno.

Colheita de soja e milho avançou para perto da metade da área plantada nas duas últimas semanas.

Razões

Uma série de motivos vem sendo levantada pelo mercado para explicar o comportamento das cotações registradas na Bolsa de Chicago nos últimos dias. O milho até US$ 35 mais barato nos Estados Unidos do que no Brasil estaria incentivando compras chinesas e  impulsionando os preços na Bolsa de Chicago. Há rumores de que foram comprados 20 navios. De um lado, os chineses aproveitam o período de falta de informações do Usda.

De outro, os produtores norte-americanos suspendem as vendas da colheita 2013/14. Apesar de praticamente metade da produção ter sido retirada do campo, menos de um terço teria sido comercializado.

Além das compras chinesas de milho e da lentidão na comercialização da safra, fundos de investimento estariam vendendo contratos de milho e comprando de soja. Outro fator é a própria crise no governo. O shut down derrubou o dólar index e isso tornou as commodities norte-americanas mais baratas no mercado internacional. O reajuste das cotações seria uma forma de embutir uma correção no valor da soja.

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