Com lavouras esparsas, parte delas distante da sede da fazenda, o agricultor Florian Schudt, de Itaberá (SP), considera desnecessários os gastos com deslocamento para administrar cada área. “É uma despesa que não traz retorno nenhum”, resume.
Visando ganho de eficiência na gestão dos 3,2 mil hectares, o agricultor aposta na tecnologia. Em parceria com uma consultoria, ele está desenvolvendo um aplicativo de celular que permite o controle à distância das atividades. “O funcionário poderá receber as ordens direto no campo, além de transmitir as informações em tempo real para a sede”, descreve. “Hoje as ferramentas desse gênero têm um custo muito elevado”, pontua.
Os irmãos Erik e Rudolf Petter também utilizam a tecnologia para otimizar a administração das cinco áreas nos Campos Gerais. Como o escritório está na cidade, a tecnologia facilita o processo. “Quando uma máquina estraga, o funcionário manda a foto da peça por aplicativo para fazermos o pedido. Mesma coisa quando alguma doença aparece na lavoura”, diz Erik.
As tecnologias também são os olhos dos Petter em uma propriedade situada na Bolívia. Os produtores vão, em média, três vezes por ano ao país vizinho. No restante, tudo é via internet. “Quando já se pensou que um agricultor iria apenas três vezes por ano à fazenda? A tecnologia permite isso”, garante Erik.
Para o diretor de Planejamento da Associação Brasileira Marketing Rural e Agronegócio (ABMR&A), Ricardo Nicodemos, a tecnologia está transformando a forma de gestão do campo, em um processo que tende a privilegiar as gerações mais jovens. “É possível ver nas universidades uma juventude antenada, que utiliza a tecnologia e está se preparando para assumir a propriedade dos pais. Isso é muito diferente do que acontecia há 20, 30 anos”, detalha.
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