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Os produtores de feijão torcem para que a possível redução nas chuvas relacionada ao fenômeno La Niña ocorra só na colheita, a partir de dezembro. Os especialistas afirmam que a cultura deve ser menos prejudicada que o milho e a soja.

O agrometeorologista do Instituto Somar Marco Antônio dos Santos avalia que, por ter ciclo curto, o feijão das águas pode até escapar ileso. "As chuvas irão diminuir no verão, mas a primavera ainda será chuvosa no Paraná. O maior problema será para a safra da seca", prevê. O plantio da segunda safra da leguminosa começa em dezembro.

Os problemas climáticos não são descartados. Segundo Santos, as precipitações serão mais escassas no estado a partir de novembro e há risco de estiagem até fevereiro de 2011. Dessa forma, quem plantar primeiro tende a sofrer menos os impactos das estiagens previstas para o últimos meses do ano. O plantio antecipado ou escalonado vêm sendo indicados também aos produtores de milho e soja.

Santos frisa, entretanto, que o La Niña, ao mesmo tempo em que promete manter a primavera chuvosa no Paraná, aumenta a probabilidade de ocorrência de geadas tardias, entre agosto e setembro. Ou seja, a germinação pode ser prejudicada.

Nesta semana, o plantio de feijão das águas passa da casa dos 10% da área prevista, conforme a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O índice é superior ao registrado na safra passada, mas fica em linha com a média dos últimos anos. As primeiras lavouras devem ser colhidas em novembro. O período de maior concentração de oferta normalmente ocorre entre janeiro e fevereiro e, neste ano, pode ser antecipado.

A evolução da comercialização depende da conjuntura de mercado. Em anos de preço bom, o produtor geralmente vende o grão logo após a colheita e é difícil encontrar feijão das águas durante o segundo semestre. Já em épocas de preço baixo, ele tende a segurar a produção, prolongando o período de vendas, mostram as estatísticas oficiais.

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