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| Foto: Divulgaa§a£o/bolsa De Cereales

Enquanto o governo argentino prevê 13,2 milhões de toneladas de trigo, a Bolsa de Cereales soltou avaliação ontem (16) apontando para 11,2 milhões (t), após levantamento de dados nas principais regiões do país. A diferença limita o volume de cereal disponível para exportação ao Brasil e reacende o risco de racionamento por parte de Buenos Aires.

O Ministério da Agricultura da Argentina informou no último mês que o país iria colher 1,2 milhão de toneladas além das 12 milhões previstas e que haveria volume suficiente para as exportações necessárias ao Brasil. O número foi elevado porque, segundo os técnicos do governo, a produtividade no campo é melhor que a prevista.

A avaliação da Bolsa de Cereales é oposta. O índice de 2,88 toneladas por hectare, aferido neste mês, é 7,5% menor que a média das últimas cinco safras e 3,5% inferior à expectativa do início da colheita, compara documento divulgado pela instituição. Segundo os técnicos, o inverno foi quente e teve chuva em excesso, que causou doenças e prejudicou a colheita. Na reta final, houve geadas tardias, que prejudicaram também a qualidade dos grãos.

No fim das contas, apesar de um incremento de 16% na área plantada, para 3,94 milhões de hectares, o volume colhido cresce 10%, aponta a Bolsa de Cereales.

A expectativa do mercado é que, em 2014/15, a Argentina mais que duplique o volume de trigo exportado, que em 2013/14 se limitou a 2,2 milhões de toneladas. Com 2 milhões de toneladas a menos, isso pode não ocorrer.

O Brasil precisa importar volume similar ao comprado no último ciclo, ou seja, perto de 7 milhões de toneladas. No ano passado, com as limitações argentinas, se obrigou a comprar o grão na América do Norte.

A colheita argentina foi dada por encerrada. O governo ainda deve divulgar projeção para rebater os números da Bolsa de Cereales.

A Bolsa de Comercio de Rosario (BCR) faz uma avaliação que fica no meio termo. Elevou em 100 mil toneladas sua estimativa anterior e aponta para 12,1 milhões de toneladas. O ajuste foi atribuído aos resultados de Córdoba e Santa Fé.

As produtividades previstas pela Bolsa de Rosario e pela Bolsa de Cereales são similares. O ponto de discórdia é a área colheita, que segundo a BCR passa de 4 milhões de hectares. Para o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Usda, que acompanha todas as previsões, a Argentina colheu 4,1 milhões de hectares de trigo.

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