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A secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), ampliou a área de trigo no estado. De acordo com o relatório do órgão divulgado nesta quarta-feira, a cultura de inverno irá ocupar 1,3 milhão de hectares, 100 mil a mais em relação ao informe da primeira quinzena de março. O avanço de área se dá sobre o milho safrinha, principalmente nas regiões Norte e Oeste do Paraná.

Caso a expectativa seja confirmada, a triticultura retoma espaço após duas safras abaixo de 1 milhão de hectares. A última vez que a cultura de inverno registrou área próxima da projeção atual foi em 2008/09 (1,311 milhão de ha).

O potencial de produção estadual também foi revisado para cima. A expectativa de colheita é de 3,8 milhões de toneladas, praticamente o dobro da temporada passada, quando geadas prejudicaram as lavouras. O cálculo leva em consideração o clima do início de plantio, onde chuvas regulares permitiram as boas condições da área plantada. Até o momento, 26% da área já foram semeadas, dois pontos porcentuais abaixo da média das últimas cinco safras nesta mesma época.

 

Comercialização

Após recuo nos primeiros meses do ano, a cotação do trigo apresenta recuperação. A saca de 60 quilos está sendo comercializada, em média, por R$ 42 em abril, 10% a mais em relação ao valor do mesmo mês do ano passado. Outra boa notícia para os produtores é o reajuste do preço mínimo do produto para a próxima safra para R$ 33,45 pelo governo federal, 5% superior ao valor atual.

Apesar do bom momento da cultura, a comercialização antecipada está baixa. Apenas 50 mil toneladas (1% da projeção de colheita) foram contratadas este ano, diante de 90 mil no mesmo período do ano passado. De acordo com o relatório, o problema está “na dificuldade de cumprir os contratos anteriores em virtude das quebras por geadas.”

Brasil

A área destinada ao trigo no próximo inverno será a maior dos últimos 10 anos. A estimativa inicial é de que o cereal cubra 2,7 milhões de hectares em todo o país, sendo 1,3 milhão no Paraná, 1,2 milhão no Rio Grande do Sul e 200 mil em Santa Catarina e regiões produtoras do Sudeste e Centro-Oeste do país. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a última vez que o Brasil plantou 2,7 milhões de hectares foi em 2003/04.

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