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Depois de um ano terrível, que começou com a estiagem, seguiu-se com a desvalorização do dólar, o aumento dos custos de produção e terminou com a ameaça da febre aftosa, os produtores rurais se preparam para um período de recuperação, mas também de desafios. Os impactos econômicos provocados pela crise que atingiu o agronegócio em 2005 devem se refletir durante 2006.

O fato concreto é que não será um ano fácil, seja por conta do crédito que não foi pago, da dívida que foi prorrogada ou então daqueles problemas que não foram resolvidos, como a febre aftosa. No caso do Paraná, a queda-de-braço entre os governos federal e estadual se arrasta há quase três meses, desde o anúncio da suspeita de foco – em 21 de outubro. Enquanto isso, sem solução, a cadeia produtiva da carne só vê aumentar os prejuízos.

Contudo, apesar do contexto nada animador, o setor está otimista e acredita que este será um ano para tirar o pé da lama, pelo menos um dos pés, já que será quase impossível custear a safra atual, honrar os compromissos que ficaram pendentes e ainda ter lucro. Sem falar que, descapitalizado, o produtor de grãos investiu menos em tecnologia e não espera um resultado muito positivo em termos de produtividade.

Por outro lado, a inovação e a vocação natural do Brasil fazem de 2006 um ano promissor. A diversificação e o investimento, que ajudam a amenizar o impacto da crise, colocam o país na vanguarda do desenvolvimento agropecuário em setores ainda pouco explorados, mas com enorme potencial, produtivo e econômico. É o caso da silvicultura, tema da reportagem especial desta edição. Alternativa antes restrita aos grandes grupos empresariais, o cultivo de florestas com finalidade comercial chega agora aos pequenos e médios produtores, como uma nova opção de renda.

O suplemento Rural de janeiro traz ainda uma entrevista com o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antônio Ernesto de Salvo, que faz um balanço do ano passado, fala das perspectivas e afirma que, apesar do momento, a agricultura brasileira está e será sempre competitiva.

Na avaliação do dirigente, o desempenho do agronegócio vai depender da competência brasileira em administrar um setor onde o país é altamente competitivo.

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