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Nas duas palestras que realizou como convidado da Expedição Caminhos do Campo, o meteorologista Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não descartou a possibilidade de uma boa safra, mas deixou claro que as chuvas serão incertas até a colheita, em março de 2008. Em Londrina, dia 3, e Campo Mourão, dia 8, disse não ter boas notícias para a agricultura.

A irregularidade das chuvas é marca registrada do La Niña, afirmou Lazinski. Ele explicou que o fenômeno – caracterizado pelo resfriamento das águas do Pacífico e pelo bloqueio das frentes frias que vêm do Sul – é ruim para a produção de grãos no estado. Já o El Niño – registrado quando o Pacífico está mais quente que o normal e há mais chuvas no Centro-Sul do Brasil – favorece o setor, comparou.

Mesmo que todas as regiões do Paraná realizem o cultivo com chuva, resta o problema das estiagens previstas para o verão. Segundo Lazinski, depois das chuvas da primavera, o Pacífico continuará resfriado e a tendência é de que os ventos dificultem a passagem de frentes frias entre o Rio Grande do Sul e o Paraná. "Existe previsão de períodos secos para o Rio Grande do Sul em dezembro, o que provavelmente ocorrerá também no Paraná."

Segundo análise do Simepar, de janeiro a agosto deste ano choveu mais que em 2006, mas as chuvas ficaram concentradas em poucos dias, principalmente nas regiões Noroeste e Oeste. Setembro foi mês de seca, com menos de 10 milímetros de chuva em todo o estado. Isso significa que as precipitações não atingiram dez litros de água por metro quadrado em 30 dias.

Para outubro, os produtores agrícolas esperam mais de 100 milíme-tros em todas as regiões do Paraná. Segundo avaliação de Lazinski e do Simepar, as chuvas devem ficar pró-ximas ou ligeiramente abaixo das médias históricas regionais de outu-bro – entre 100 a 240 milímetros –, mas serão mal distribuídas em tempo e espaço.

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