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Apesar dos investimentos em rodovias divulgados nos últimos anos, os problemas logísticos ainda travam a produção em Mato Grosso. Em época de colheita, as estradas que rasgam o terceiro maior estado do Brasil se tornam uma ameaça constante aos motoristas, especialmente em dias de chuva.

Ao percorrer mais de 5 mil quilômetros pelo Centro-Oeste do país na última semana, a Expedição Safra Gazeta do Po­­vo verificou que falta sinalização e sobram buracos. Em todas as rodovias, carretas pesadas se arriscam ao trafegar em zigue-zague para desviar de verdadeiras crateras na pista. Em alguns trechos, placas avisam do perigo indicando alto índice de acidentes.

"Essas estradas estão um caos há anos", afirma o caminhoneiro Abner de Moura Borges. Contratado para transportar uma carga de soja de Diamantino até o Alto Araguaia, o motorista estava em trânsito há 24 horas quando falou com a reportagem, no domingo.

"Saí de Diamantino às 17 horas de ontem (sábado) e só devo chegar ao meu destino amanhã (segunda-feira)." O trajeto enfrentado por dois dias pelo motorista tem 614 quilômetros.

O atraso, segundo Borges, é ocasionado pelo excesso de veículos na BR-364, que liga as duas cidades do Mato Grosso. Além disso, as condições da estrada pioraram devido ao volume de chuvas que cai sobre a região.

Considerada a obra logística mais bem sucedida dos últimos anos, a pavimentação da BR-163, que liga a capital mato-grossense a Santarém (Pará) está praticamente na metade do caminho. A meta do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é asfaltar todos os 1,7 mil quilômetros da rodovia até de­­zembro deste ano. A conclusão da obra estava prevista para o final de 2010.

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