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A produção e a exportação de álcool e açúcar deste ano mostra que a tecnologia e a vocação brasileira conseguem superar mesmo as barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos. A safra recorde de cana vem acompanhada da elevação nos embarques, apesar do projeto norte-americano do etanol de milho. Esta edição do Caminhos do Campo mostra também outro lado dessa moeda: como a tecnologia garante a vantagem dos EUA na produção de milho e soja. Líderes absolutos no cereal, os produtores norte-americanos querem abrir distância na oleaginosa. E tudo indica que, pelo menos até que o Brasil os alcance em termos tecnológicos, vão conseguir. Devem superar a desvantagem de quase 50 quilos por hectare e ficar cerca de 150 quilos à frente dos brasileiros.

O quadro mostra que, apesar de ter mais áreas livres para a agricultura que outros países, o Brasil não pode deixar de investir em tecnologia para se afirmar como principal produtor mundial de alimentos. Não basta só liderar na cana. É claro que as próprias multinacionais têm interesse em pesquisar as condições de produção brasileiras, mas nem sempre o tempo está a nosso favor. É preciso agir também localmente, valorizando a experiência dos especialistas que conhecem a realidade local. A globalização do agronegócio precisa do trabalho das instituições tradicionais, mas a liderança é de quem age primeiro e de forma mais eficiente.

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