A confirmação de ocorrência do fenômeno climático El Niño começa a dimensionar como serão as condições climáticas no segundo semestre. Conforme análise do meteorologista Alexandre Nascimento, da Climatempo, o fenômeno tende a aumentar o volume de chuvas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, especialmente nos meses de agosto e setembro. No contraponto, os efeitos sobre o Paraná deverão ser pontuais.
O quadro impacta diretamente a condição das lavouras de milho segunda safra, que começam a ser colhidas em alguns estados, além de cultivos de inverno como trigo, aveia e cevada. “No Rio Grande do Sul e Santa Catarina os mapas nos sugerem que vamos ter muita chuva no final do inverno, exatamente na época de colheita. No Paraná pode haver umidade, mas sem atrapalhar a colheita de milho”, indica o especialista. As demais regiões produtores do Brasil também não devem enfrentar problemas com o excesso de água, aponta.
Além de mudança no regime de chuvas o fenômeno gerado pela variação na temperatura das águas do oceano pacífico tende a reduzir o risco de geadas. “Só eventualmente podemos ter geada de baixada. O El Niño vai bloquear o avanço de fortes massas de áreas polares, capazes de gerar geada fora dessas áreas”, complementa.
Frio oficial21 de junho é a data oficial para o início do inverno. Estação será influenciada pela ocorrência do El Niño, que promete mais água em algumas regiões e menor risco de geadas.
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