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A produtividade alcançada no arco Oeste do Paraná é um importante referencial sobre a safra de verão do segundo maior produtor de soja do país, mas não reflete a situação de todo o Sul, mostra a reportagem de capa da edição de hoje do caderno Agronegócio. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e as próprias lavouras paranaenses precisam de mais umidade, apesar de terem voltado a receber pancadas de chuva. A depender das precipitações dos próximos dias, uma quebra climática pode frustrar a expectativa de safra cheia.

A Expedição Safra Gazeta do Povo tem conferido que, se por um lado a seca reduz a produção, por outro eleva os preços. Dependendo do impacto do clima na Argentina, o balanço pode até ser positivo para o Brasil – cobrindo as perdas dos produtores mais afetados. As regiões que estão colhendo primeiro podem vender soja no mercado físico a R$ 58/saca no Paraná.

Para o campo, porém, não interessam apenas os números. É preciso pensar na sustentabilidade da produção e nas questões socioeconômicas. O melhor é que a safra seja cheia, mesmo que os preços baixem, para que todos estados e regiões produtoras possam se capitalizar e se desenvolver.

Numa das entrevistas da viagem pelo Sudoeste do Paraná, o presidente da Coopertradição, Julinho Tonus, fez uma avaliação que poucos assumem. Ele disse que os preços não precisam subir mais. Agricultor, Tonus considera que a rentabilidade exagerada pode colocar não só regiões de seca em risco, mas também as próprias indústrias ligadas à produção de grãos, como as de carnes. Para as cooperativas, o melhor é ter clientes em boa situação econômica, com capital de giro suficiente para honrar compromissos e dar continuidade a seus planos de expansão.

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