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Enquanto finaliza a colheita da safra 2013/14 em Roraima, o agronegócio brasileiro consolida sua avaliação sobre a viabilidade da produção de grãos de 2014/15. O caderno de hoje mostra as perspectivas dos produtores da nova fronteira do Hemisfério Norte, ao mesmo tempo em que monitora o mercado, os gargalos logísticos e as alternativas de renda do setor.

A previsão é de queda no valor das exportações que pode chegar a 20% em dólar, a julgar pelas avaliações divulgadas na última semana pela indústria de óleos vegetais. Por outro lado, com o incremento do cultivo e o rebate proporcionado pela alta do dólar, a expectativa ainda é de crescimento na renda bruta em real — especialmente em estados como o Paraná, que no último ano sofreu com quebra climática e agora registra clima favorável.

Essa avaliação, aparentemente otimista, prevalece entre os especialistas que consideram, por exemplo, que o mercado apresenta demanda firme. Apesar do aumento na produção, o consumo tende a dar sustentação a cotações lucrativas. E não se trata apenas do consumo externo ou da crescente fome chinesa por soja em grão. Pesa também a demanda por grãos representada pela cadeia brasileira do frango e pela retomada da produção de suíno diante das novas negociações com a Rússia.

Em relação aos custos da agricultura, de acordo com os técnicos que monitoram os preços dos insumos, houve inclusive queda nos últimos meses. No entanto, o produtor não afere essa vantagem, uma vez que já havia adquirido os produtos necessários para a safra de verão. O quadro, no entanto, é de gastos controlados — e em época de dólar baixo.

A questão é que, diante do novo patamar das cotações internacionais das commodities, a relação de forças entre receita e despesas se refaz e os próprios planos de expansão acabam sendo revistos. Sem deixar de lado sua rotina de trabalho, o agronegócio assume, pouco a pouco, nova posição, num ciclo que coloca em cheque o ponto exato da sustentabilidade, seja em Roraima, no Centro-Oeste ou na Região Sul.

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