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A fartura de soja e leite tende a colocar os Campos Gerais na dianteira entre as regiões do Paraná que mais arrecadam com a agropecuária. A região tem 10,4% do Valor Bruto da Produção (VBP) do setor referente a 2012 no estado, avaliado em R$ 54 bilhões. O índice mede a receita “dentro da porteira” – sem considerar elos do agronegócio como o transporte ou a indústria.

INFOGRÁFICO: VBP em Castro caminha para ultrapassar os resultados de Toledo

Castro é o município chave para a conquista desse status. Com um VBP de R$ 1,13 bilhão, a cidade está tirando Toledo da liderança mantida até 2011. O município do Oeste acumulou um VBP de R$ 1,09 bilhão em 2012, conforme os dados atualizados em julho.

O levantamento da Secretaria Esta­dual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) será fechado neste mês e reflete os resultados do campo na safra 2011/12. Os números atuais devem sofrer ajustes, mas a liderança de Castro e dos Campos Gerais é dada como certa pelos técnicos.

Reinado efêmero

Para Paulo Oliva, técnico do Depar­tamento de Economia Rural (Deral) em Toledo, o reinado de Castro deve durar pouco. Com a retomada da produção de soja do município e a expansão das cadeias das carnes de frango e suíno, a praça do Oeste deve voltar a liderar o próximo VBP, que vai contabilizar o desempenho do ciclo 2012/13. “Tivemos duas safras cheias neste ano [verão e inverno]”, afirma. Ele lembra ainda que a diferença da renda de 2012 do Oeste e dos Campos Gerais é pequena. “Con­siderando o tamanho do prejuízo que a região Oeste teve, deveria ser até maior.”

A região do entorno de Toledo e Cascavel já recuperou renda na soja em 2012/13. Na safra anterior, a produtividade tinha caído 56% – de 3,3 mil para 1,36 mil quilos hectare. Na colheita do início deste ano, porém, a média chegou a 3,6 mil quilos por hectare, conforme os dados oficiais. O VBP depende da consolidação dos valores que os produtores conseguiram arrecadar com a produção.

Já Castro, na zona agrícola oriental do estado, arrecadou mais graças aos rendimentos das lavouras da oleaginosa e também à produção de leite, afirma Rosiane Dorneles, engenheira do Deral responsável pela compilação dos dados de VBP. Os dois produtos respondem por 39% do indicador – soja com 21% e leite bovino com 18% do índice.

Com clima mais regular e sem espaço para expansão de lavouras e pastagens, os Campos Gerais apresentam menos oscilações no VBP do que o Oeste. Seguem ampliando sua renda gradualmente, pela valorização dos grãos e dos produtos da pecuária. Castro é líder nacional da produção de leite.

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