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Do avô Franke ao filho Richard e os netos Franke  Leonardo e Eduard, família  Dijkstra já contabiliza três gerações e 70 anos a serviço do cooperativismo. |
Do avô Franke ao filho Richard e os netos Franke Leonardo e Eduard, família Dijkstra já contabiliza três gerações e 70 anos a serviço do cooperativismo.| Foto:

PONTA GROSSA - A sucessão no campo, um dos grandes problemas sociais do agronegócio moderno, parecer ter um impacto menor no ambiente cooperativo. Pelo menos no agronegócio, não são poucos os casos de famílias e gerações que adotam o cooperativismo não apenas como modelo de negócio, mas como opção de vida em sociedade. O principal apelo estaria no resultado econômico, não pura e simplesmente do ponto de vista financeiro, mas como consequência do social, da integração e de uma vida quase em comunidade.

Na família Dijkstra, de Carambeí, nos Campos Gerais, foi e continua sendo assim há déca-das. Do avô Franke, imigrante que chegou ao Brasil em 1947 (vindo da província de Frísia, na Holanda), na época com cinco anos, ao filho Richard, 45, e os netos Franke Leonardo, 23, e Eduard, 20, a vida, os negócios e a família foram pautados pela cooperativa. Neste caso, a Batavo, uma das mais antigas do Brasil, que em 2015 completa 90 anos. São três gerações e 70 anos a serviço do cooperativismo.

Em tese, a julgar pela opção dos herdeiros, o patriarca fez uma boa escolha. Mas, na prática, como avaliar os benefícios que o sistema trouxe à família? Da resposta mais tradicional, vinda de Franke Dijkstra, de que “a cooperativa é o braço comercial do produtor”, o filho Richard fala do “melhor do capitalismo e do socialismo reunidos em um único sistema”. Para os netos, que representam a nova geração do cooperativismo, fica a missão de propagar e disseminar o modelo. “Não me vejo trabalhando na fazenda sem a cooperativa”, diz Franke Leonardo, agrônomo, profissão que, não por acaso, é a mesma do caçula Eduardo, em graduação.

Franke é um exemplo de como cooperativa e cooperado crescem juntos. Ele conta que em 1954 a Batavo captava 16 mil litros de leite por dia e tinha como meta para 1960 captar 20 mil litros/dia. Hoje, mais de 50 anos depois, apenas a Fazenda FrankAnna produz 20 mil litros/dia. A área de 50 hectares da década de 50 também cresceu e hoje ocupa 1.400 hectares de pura tecnologia, onde a família Dijkstra também produz grãos e suínos.

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