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Durante a apresentação, o gerente do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, Giovani Ferreira, destacou a importância do agronegócio não apenas para a economia brasileira, mas para segurança alimentar e abastecimento global. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Durante a apresentação, o gerente do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, Giovani Ferreira, destacou a importância do agronegócio não apenas para a economia brasileira, mas para segurança alimentar e abastecimento global.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Até sexta-feira (25), Curitiba é oficialmente a capital mundial do agronegócio. Na manhã desta quinta-feira (24), no Museu Oscar Niemayer (MON), mais de 400 pessoas acompanharam a abertura do 5° Foro de Agricultura da America Del Sur, evento realizado pelo Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, que neste ano adotou o tema “Sucessão, gestão e tecnologia. É o campo do futuro e em transformação”. A plateia é formada por produtores rurais, executivos, técnicos e membros de entidades e instituições do setor.

Durante a apresentação, o gerente do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, Giovani Ferreira, destacou a importância do agronegócio não apenas para a economia brasileira, mas para segurança alimentar e abastecimento global. “O Fórum é um palco consolidado de debates sobre o setor. Ao longo dos últimos anos, 30 países passaram por aqui. Neste palco, teremos representantes de mais de 10 países. E não pode ser diferente. O agronegócio é globalizado e a discussão também tem que ser. A América do Sul é um dos grandes players deste mercado. Precisamos criar condições para sermos mais competitivos, principalmente como bloco. Precisamos de informação, principalmente para acompanhar a velocidade das mudanças”, diz.

Por videoconferência, o presidente da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, agradeceu a oportunidade de participar do 5º Fórum de Agricultura e expôs oportunidades para o setor, principalmente neste momento de crise. “O mundo vive um momento econômico muito delicado. No ano passado, a economia global cresceu apenas 1,3%, o nível mais baixo desde a crise de 2008. E as perspectivas não são tão animadoras. Nós estamos passando por uma onda anti-globalização e anti-comércio. Percebemos insatisfação crescente em diferentes países, que apostam nas barreiras e medidas bilaterais como solução de problemas, o que é preocupante. No entanto, isso ainda não é uma realidade generalizada. O comércio é essencial para o crescimento. E a Organização Mundial do Comércio é mais importante do que nunca”, afirma.

Azevêdo citou os últimos avanços da OMC em relação ao setor, principalmente a Conferência de Nairóbi, em 2015, onde a OMC vetou os subsídios a exportações de bens agrícolas. “Foi um grande passo. E o Brasil teve um papel muito importante, aliás, o País teve grandes vitórias no organismo. Em fevereiro deste ano, entrou em vigor um acordo de facilitação de comércio, que pretende melhorar o fluxo de mercadorias, dando agilidade nas fronteiras. Quando o acordo estiver funcionando plenamente, os custos de comércio cairão, em média, 15%. Isso é mais do que a eliminação de todas as tarifas alfandegárias ao redor do globo. Em dezembro deste ano, em Buenos Aires, ministros do Comércio do mundo inteiro vão continuar os debates. E o Brasil está no centro disso tudo. Por isso, eu convido a todos para que acompanhem”, conta.

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Noberto Ortigara, disse que o tema adotado pelo Fórum é de extrema importância para o setor, principalmente a sucessão. “Neste ano, em que o Brasil e o Paraná colhem as maiores safras da história, nada mais importante que discutir tecnologia, gestão e, principalmente, sucessão. Falar sobre quem vai herdar, cuidar desse negócio no futuro.

Fomento

O diretor administrativo do BRDE, Orlando Pessuti, e o gerente do Departamento de Relacionamento Institucional e Gestão do Crédito Rural do BNDES, Tiago Peroba, fizeram uma apresentação sobre a importância do crédito para o setor rural. “O BRDE sempre agiu e sempre vai agir como um parceiro do produtor rural”, diz Pessuti. O BRDE tem 15 bilhões de financiamentos espalhados em 32 mil contratos.

No BNDES não é diferente. Segundo Peroba, o banco é responsável por metade dos financiamentos disponíveis para o setor no país. “A nossa instituição está cada vez mais focada em desburocratizar os processos e investir em tecnologia”.

Censo agropecuário

Durante a abertura do 5º Foro de Agricultura, IBGE, Ocepar, FAEP, Seab e Fetaep assinaram o Termo de Apoio ao Censo Agropecuário 2017, documento em que as entidades se comprometem a divulgar os trabalhos e os resultados do Censo, que começa no 1º de outubro deste ano. Ao todo, 18 mil licenciadores vão para ao campo visitar mais de 5 milhões de propriedades rurais.

O Censo vai fazer um levantamento completo da agropecuária brasileira. “Não foi uma tarefa fácil. Num momento de crise, obter recursos para realização deste Censo foi um desafio imenso. Agora o desafio é divulga-lo. E a abertura da porteira é crucial para sucesso das atividades”, explica o vice-presidente do IBGE.

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