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 A crise europeia reduz a demanda internacional. Além disso, o dólar valorizado e o aumento dos custos de produção diminui a competitividade do frango brasileiro. Para driblar essas dificuldades, a indústria brasileira depende do mercado interno, que consome dois terços da produção e ainda possui nichos a serem explorados.  A Frango Caipira, frigorífico de Ivaiporã (Região Central do estado), ganha sustentação na criação de aves de penas douradas e pescoço pelado, conhecida como “polaca”, igual às criadas soltas nos sítios. “O mercado brasileiro é tão grande e próspero que não vejo necessidade de ir buscar clientes muito longe”, sustenta o diretor da empresa Marcos Batista.  Iniciado pelo patriarca, Messias Luiz Batista, o negócio surgiu como uma opção à produção industrial. A comercialização começou de porta em porta em 1998. Em 2011, o negócio se profissionalizou com a inauguração de um pequeno frigorífico para abater 100 aves por dia, 5% do volume atual. Segundo Marcos, a evolução da avicultura industrial, principalmente na questão sanitária, obrigou o frango caipira a “não ser tão caipira assim”. Para ele, o mercado é promissor porque a criação de frango “polaco” é uma atividade rara.  Ele avalia que, além de crescer em volume comercializado, também é possível avançar em valor agregado neste mercado. “No começo vendíamos apenas frango inteiro, mas percebemos que a dona de casa não sabe ou não quer ter o trabalho de dividir o frango em pedaços. Então começamos a vender já cortado. É o mesmo frango, como todas as peças, só que cortado pelas juntas. Para nós a margem é similar, mas no mercado custa em média 10% mais que a ave inteira. E o consumidor está disposto a pagar por isso”, garante. (LG)

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