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Jorge Machado, de Rio Verde: produtividade de 60 sacas/ha  nas primeiras colheitas anima, mas mal cobre custo, que chega a 50 sacas/ha em áreas novas de primeiro ano de plantio | Marcelo Andrade/ Gazeta Do Povo
Jorge Machado, de Rio Verde: produtividade de 60 sacas/ha nas primeiras colheitas anima, mas mal cobre custo, que chega a 50 sacas/ha em áreas novas de primeiro ano de plantio| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta Do Povo

A expansão da produção de grãos de verão não se restringe às novas fronteiras do Centro-Oeste e Centro-Norte do Brasil. Até mesmo em estados onde a agricultura está consolidada, a soja tem conseguido abocanhar áreas novas, conferiu a Expedição Safra Gazeta do Povo em viagem por Goiás e pelo Sudeste do país nas últimas semanas.

O preço do hectare não espanta mineiros, goianos e paulistas do mercado de terras. Motivados pelas cotações da oleaginosa, eles caçam fazendas de vizinhos todos os anos, mas poucos conseguem assinar uma escritura. E quando conseguem, pagam caro, tanto para arrendar como para comprar.

Como o aumento no cultivo de grãos ocorre sobre áreas antes usadas para pastagem e que ficaram degradadas com o tempo, os produtores ainda precisam investir na adubação do solo. “Meu custo total vai ficar em 50 sacas por hectare no primeiro ano”, revela Jorge Machado, de Rio Verde (Goiás), explicando que o arrendamento custará 13 sacas por hectare.

Somente na região de atuação da Cooperativa Agroindustrial dos Produ­­tores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), a soja ganhou mais de 100 mil hectares nesta safra. Em todo o estado, houve incremento de 300 mil hectares em relação ao ano passado, segundo levantamento da Expedição Safra.

Com menos área disponível no Triângulo Mineiro, onde está concentrada  a produção de grãos do estado, a soja tem conquistado mais espaço no Oeste de Minas. Na região de Paracatu, por exemplo, cerca de 5 mil hectares de pastagens viraram lavoura de soja neste ano.

Já em São Paulo, a oleaginosa procura pastagens degradadas no Sul do estado, na divisa com o Paraná. Nesta região, o preço da terra triplicou na última década, relatam produtores. “Dependendo da proximidade da fazenda com o asfalto, da topografia e característica do solo, uma área vale até R$ 30 mil o hectare”, conta o agricultor Luiz Carlos Coelho, que neste ano ampliou o cultivo de soja para 1 mil hectares, graças à transformação de 130 hectares de pastos degradados.

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