A tecnologia que impulsiona o agronegócio brasileiro a ultrapassar suas próprias metas ajuda os produtores a minimizar os impactos negativos de uma das únicas variáveis que não pode controlar: o clima. Em Mato Grosso, a Expedição Safra Gazeta do Povo encontrou lavouras que, mesmo depois de enfrentar duas semanas de seca no início do ciclo, estão rendendo tanto quanto na temporada passada, ano de resultados recordes no estado.
Na região Médio-Norte mato-grossense, por exemplo, as plantações receberam menos da metade do volume de chuvas acumulado no verão anterior. Ainda assim, a produtividade obtida nas primeiras colheitas está apenas uma saca abaixo da média alcançada no ano passado. Nos mais de 370 hectares colhidos até agora pela equipe do agrônomo Lorenei Busa nas fazendas do grupo Mutum, a soja tem rendido 44 sacas/ha. Ele espera que os índices melhorem conforme as máquinas avançam, o que pode fazer com que a média final da temporada ultrapasse as 45 sacas/ha do ano passado.
Mas nada está garantido. Apesar de não ter causado grandes estragos ao campo, o clima ainda ameaça reduzir a produtividade das lavouras. As chuvas que faltaram no início do ciclo têm caído constantemente sobre o estado nas últimas semanas e a previsão para fevereiro é de mais água, o que pode dificultar a entrada das máquinas no campo.
Nas próximas três semanas, a Expedição Safra visita lavouras de soja e milho de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A apuração do desempenho de todas as principais regiões agrícolas do país na safra atual segue até março.
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