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Barcaças com grãos saem de Porto Velho (RO) e seguem para o Amazonas, num percurso que dura quatro dias | Jonathan Campos/ Gazeta Do Povo
Barcaças com grãos saem de Porto Velho (RO) e seguem para o Amazonas, num percurso que dura quatro dias| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta Do Povo

A Expedição Safra aprofunda as discussões sobre a logística do agronegócio brasileiro com mais um roteiro inédito na temporada 2013/14. Nesta semana, técnicos e jornalistas do projeto desembarcam no extremo Norte do país para conferir obras de construção e ampliação de terminais portuários no Pará e no Amazonas, que fazem parte da região conhecida como Arco Norte e é formada por outros quatro portos. A equipe ainda confere áreas de produção de grãos em Roraima, estado que cumpre o mesmo calendário agrícola dos Estados Unidos.

As visitas começam pelo Pará, a partir de Santarém, e seguem para Miritituba. O terminal iniciou operações de transbordo de grãos há menos de três meses. As cargas chegam de caminhão e são transportadas por barcaças pelos rios Tapajós e Amazonas até Belém. Da capital paraense, as cargas seguem em navios de grande porte para destinos internacionais, principalmente Ásia e Europa. “Hoje somente uma trading está operando em Miritituba, mas há pelo menos outros dez projetos que devem sair do papel nos próximos anos. A ideia é mostrar como está o andamento dessas obras e fazer o registro da região antes de ela se tornar num grande centro logístico”, explica Giovani Ferreira, gerente de Agronegócio do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM).

Na segunda etapa da viagem, técnicos e jornalistas cumprem agenda com representantes do setor produtivo em Manaus (Amazonas). De lá, os expedicionários seguem para Itacoatiara, que fica a menos de 300 quilômetros da capital amazonense e é o destino de barcaças que sobem o Rio Madeira a partir de Porto Velho (Rondônia).

As três estruturas portuárias que serão visitadas pela Expedição nesta semana têm capacidade de escoamento estimada em cerca de 10 milhões de toneladas. A movimentação tende a ser duplicada nos próximos anos e reduzir os custos de produção em toda a região. Hoje, cerca de 60 milhões de toneladas de soja e milho produzidos no Centro-Oeste e Centro-Norte brasileiros descem o mapa para serem exportadas pelos portos do Sul e Sudeste, conforme estudo da Confederação Nacional de Agricultura (CNA). “Para conseguir aumentar as exportações é preciso ter estrutura de rodovias e ferrovias. Isso nós também vamos conferir nessa viagem, além da influência que os portos do Norte podem ter na movimentação aqui no Sul”, acrescenta Gilson Martins, assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), que vai participar do roteiro.

Hemisfério Norte

A última parada dos expedicionários será no Hemisfério Norte. Em Roraima, técnicos e jornalistas vão conferir a expansão do cultivo de grãos, especialmente de soja. As lavouras do estado são plantadas e colhidas na mesma época que as dos Estados Unidos. A viabilidade é garantida por tecnologias adaptadas ao solo e ao clima da região.

O roteiro no Arco Norte é o segundo de três inéditos previstos para esta temporada. Além de percorrer 15 estados brasileiros, centros de produção nos EUA, na Argentina e no Paraguai, a Expedição conferiu a expansão de lavouras de soja no Uruguai. E, ainda neste ciclo, segue um roteiro internacional extraordinário em países da África. Ao todo, serão cerca de 70 mil quilômetros percorridos. Acompanhe as viagens em tempo real pelo site www.agrogp.com.br ou www.expedicaosafra.com.br.

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