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Os agrônomos e produtores Leonardo e Carlos Rotta dão prioridade à saúde da lavoura. "O mais difícil e o mercado", compara Carlos (pai). | Jonathan Campos/gazeta Do Povo
Os agrônomos e produtores Leonardo e Carlos Rotta dão prioridade à saúde da lavoura. "O mais difícil e o mercado", compara Carlos (pai).| Foto: Jonathan Campos/gazeta Do Povo

A região Sudoeste de Goiás, que concentra as lavouras de soja do estado, conseguiu superar o impacto da falta de chuva do início do plantio, mas teme que o excesso de umidade previsto para o início de 2015 amplie a incidência de ferrugem asiática. As plantas estarão mais suscetíveis à doença -- presente em sete estados -- nos meses em que a proliferação aumenta (janeiro e fevereiro).

Goiás foi o estado com mais registros de ferrugem na última safra, totalizando 106 casos. Vem recebendo chuvas diariamente numa época de calor, ambiente propício à proliferação do fungo da doença, o Phakopsora pachyrhizie, e precisa monitorar 1,2 milhão de hectares da oleaginosa, considera a Expedição Safra Gazeta do Povo, em viagem pela região neste fim de semana.

Monitoramento tenta sustentar produtividade de talhão que rendeu mais de 70 sacas por hectare na safra passada. Na foto, Weliton de Oliveira Ana Emília de Queiroz, da Agrex.

A doença já chegou às lavouras de soja de 2014/15. O Sistema de Alerta coordenado pela Embrapa Soja mostra 18 casos de ferrugem no Rio Grande do Sul e 16 em Mato Grosso. O fungo causador da doença já apareceu também em Santa Catarina (3), São Paulo (2), Paraná (2), Mato Grosso do Sul (1) e, há duas semanas, em Goiás, com um caso em Rio Verde.

A família Rotta, de Jataí (GO), redobra atenção para atingir média registrada no ano passado, que foi de 61 sacas de soja por hectare, um recorde. Carlos e Leonardo Rotta (pai e filho) dividem trabalho na área, que foi plantada cerca de duas semanas mais tarde, na comparação com o calendário agrícola da última temporada.

As plantas vêm se desenvolvendo em ótimas condições e, por enquanto, foram poupadas de problemas sanitários. Mesmo assim, todo cuidado mostra-se recompensador, relatam. No ano passado, a média passou de 60 sacas por hectare graças a talhões que renderam mais de 70 sc/ha.

Nem todas as lavouras preservaram potencial como as da família Rotta, observa Weliton de Oliveira, que é diretor comercial da Agrex (empresa e insumos e serviços) e monitora as principais regiões produtoras do estado. "Perto de 20% das lavouras tinham sido plantadas antes da estiagem [três semanas]. Essas plantas não têm porte normal e podem apresentar produtividade reduzida".

Outra consequência deve ser a redução no plantio de milho de inverno, ainda indefinido.

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