Tocantins garante colheita no verão, mas tem safrinha incerta

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Assim como em outras regiões do Brasil o estado de Tocantins começou o plantio da safra de verão com atraso, mas sem comprometer a produtividade das lavouras que começam a ser colhidas. Com chuvas mais bem-distribuídas, técnicos e produtores confiam que é possível obter um resultado melhor do que em 2013/14, com rendimentos acima de 50 sacas por hectare para a soja. A incerteza fica quanto ao plantio da safrinha de milho, que já saiu do calendário ideal e pode perder terreno, apurou a Expedição Safra em roteiro pelas cidades de Guaraí e Pedro Afonso, no Médio-Norte do estado.

O produtor Jean Herpich já colheu 40% dos 213 hectares dedicados à soja e não reclama das chuvas nem da produtividade das lavouras. Nas primeiras áreas houve picos de até 70 sacas por hectare e na média ele projeta um rendimento entre 53 e 55 sacas por hectare. “O solo é mais argiloso e isso ajudou a reter umidade”, detalha. Ele corre contra o tempo para terminar a colheita ainda nesta semana, mas já descarta o plantio da safrinha de milho – as áreas devem receber milheto.

Do outro lado do rio Tocantins, na região de Pedro Afonso, o cenário também é de cautela com o milho segunda safra. "A área de safrinha vai cair em relação ao esperado, mas não deve ser menor do que no ano passado", indica Francisco Coelho, agrônomo da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa). Na área de atuação da cooperativa o cereal deve ficar com cerca de 10 mil hectares, indica o especialista.