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Joacir Possebam e Caio Kim Keller: gastos extras em Guarapuava |
Joacir Possebam e Caio Kim Keller: gastos extras em Guarapuava| Foto:

Enquanto contabiliza a quebra com a seca, Mato Grosso passa a temer o que os produtores chamam de invernada: período de chuvas constantes, não necessariamente volumosas, que impedem a colheita e provocam perdas até maiores que estiagens como as deste ciclo.

O risco de invernada é alto nesta temporada, aponta o produtor Elso Pozzobon, de Vera, no Médio-Norte do estado. Historicamente, as chuvas somam de 1,9 mil a 2,2 mil milímetros em sua região e, neste ano, ainda estavam em 1,1 mil até a última semana. Se os 800 milímetros que faltam chegarem em doses pequenas e contínuas, haverá problemas mesmo para lavouras que sustentam neste momento potencial recorde, afirma.

O clima irregular prevalece em Mato Grosso. A questão não é só a falta, mas a má distribuição das chuvas, conforme o agrônomo Antônio Gil, que monitora uma área de 6 mil hectares em São José do Rio Claro. Logo após a estiagem de três semanas que prejudicou o plantio, lavouras entre a região central e o lado oeste do estado receberam 50 milímetros de chuva, relata.

As lavouras mais prejudicadas são as que enfrentaram três semanas de seca no plantio (perto de 3% do total). O veranico de duas semanas em janeiro, no entanto, é considerado mais impactante porque pegou uma área maior. “Num intervalo de 20 dias plantamos perto de 60% da soja”, lembra Daniel Latorraca, técnico do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). A maior parte dessa área estava em florescimento ou enchimento de grãos quando a chuva foi embora.

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