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Para este ano, a estimativa na região  de São Gabriel do Oeste é de uma produtividade média na casa de 60 sacas por hectare, 5 sacas a mais do que na última safra. | Felipe Rosa/Gazeta do Povo
Para este ano, a estimativa na região de São Gabriel do Oeste é de uma produtividade média na casa de 60 sacas por hectare, 5 sacas a mais do que na última safra.| Foto: Felipe Rosa/Gazeta do Povo

A distribuição irregular das chuvas no Mato Grosso do Sul (MS) no período de plantio da soja fez com que o ritmo de semeadura tenha sido diferente nas regiões norte e sul do estado. Os dados são do Sistema Famasul, em Campo Grande. A instituição faz um acompanhamento detalhado do desenvolvimento agropecuário em todas as regiões de Mato Grosso do Sul. A Expedição Safra esteve na sede da entidade nesta quinta-feira (3), como uma das etapas do roteiro que percorre, além de MS, o Mato Grosso e Goiás.

Justino Mendes, gestor do Departamento Técnico do Sistema Famasul, relata que no sul as precipitações foram mais regulares, enquanto que no norte do MS a primeira chuva demorou a cair. “No sul temos propriedades menores (300 a 500 hectares), no norte temos produtores com maior escala (800 a 1000 hectares). Por isso, mesmo que o norte tenha começado depois, o ritmo de plantio desses produtores é maior, e assim temos neste momento uma situação bem parecida no estado”, resume. Enquanto no sul o plantio começou no dia 15 de setembro, no norte alguns produtores começaram a semear apenas na segunda semana de outubro.

Justino Mendes, gestor técnico da Famasul: “. “A tecnologia elevou nossa produtividade de 20 sacas por hectare para mais de 50 em pouco mais de 20 anos”.Felipe Rosa/Gazeta do Povo

Mendes informa que no MS, neste ciclo, haverá 2,4 milhões de hectares com soja cultivada, mesma área do ano passado. Segundo ele, o rendimento das lavouras deve ser recorde, se o clima colaborar como vem ocorrendo até agora de modo geral. No ano passado foram 7,6 milhões de toneladas (cerca de 8% da produção nacional) e neste ano o volume deve chegar mais perto das 8 milhões de toneladas. “A tecnologia elevou nossa produtividade de 20 sacas por hectare para mais de 50 em pouco mais de 20 anos. Por isso digo que a tecnologia por si só é sim um elemento que agrega valor ao agronegócio”, diz.

Norte do MS é puro otimismo

O presidente do Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste, Julio Cesar Bortolin confirma que neste ano o plantio atrasou cerca de duas semanas em relação a ciclos anteriores. Mas esse fato por si só não interfere no otimismo com que o dirigente projeta a produtividade da região mais ao norte de MS. “Em mais de 20 anos que estou aqui, tivemos duas ocasiões apenas que o tempo não ajudou. Pode até demorar para a chuva vir, mas ela vem, estamos em um local privilegiado. Com todos os problemas que os produtores enfrentaram no país na safra passada, nós fizemos 55 sacas por hectare de média aqui no Mato Grosso do Sul”, conta. Para este ano a estimativa nos 120 mil hectares da região é de produtividade média perto de 60 sacas por hectare.

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