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Lentidão nas vendas obriga Mato Grosso a deixar montanhas de milho a céu aberto | Divulgaa§a£o/aprosoja
Lentidão nas vendas obriga Mato Grosso a deixar montanhas de milho a céu aberto| Foto: Divulgaa§a£o/aprosoja

A produção recorde de milho de inverno virou problema, às vésperas da safra de verão. Com a queda nas cotações do produto – considerando os preços atuais e custos de plantio, o produtor está no prejuízo – o ritmo de comercialização do cereal segue abaixo do normal nos principais estados produtores, Mato Grosso, Paraná e Mato Grosso do Sul. Juntas, as três unidades da federação representam mais de 80% da colheita nacional.

Com produção estimada em 18,7 milhões toneladas, Mato Grosso vendeu 56% da safra  até o momento. O indicador está 32 pontos porcentuais abaixo do registrado no ano passado. “Os leilões do governo que estão determinando a velocidade de comercialização. Se não fosse isso, o problema seria ainda mais grave. Mesmo assim, o milho pode atrapalhar a entrada da soja”, ressalta Nelson Piccoli, diretor financeiro e administrativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato). Em quatro leilões foram viabilizados 4,83 milhões de toneladas, a maior parte arrematada pelos produtores mato-grossenses.

No vizinho Mato Grosso do Sul, apenas 18% do total de oito milhões de toneladas foram vendidos, contra 49% no ano passado. No Paraná, 22% das 10,6 milhões de toneladas estão negociadas. O índice em 2012 era 32%.

“O escoamento lento é questão de preço baixo. O pessoal está segurando, inclusive na colheitadeira, em cima de caminhão, e usando silo bag, pois não tem mais espaço [nos armazéns]. Há caso de empresas que não estão recebendo porque ainda não conseguiram escoar”, explica Leonardo Carloto, analista de grãos da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).

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